Mato Grosso do Sul tem mais de 100 mil casas com beneficiários do Bolsa Família

O percentual de famílias que recebem o Bolsa Família em MS é o 6º menor do país

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
A proposta é de um imposto anual de até 5% sobre a riqueza dos super-ricos (Agência Brasil)

Em 2022, chegou a 108 mil o número de residências de Mato Grosso do Sul cujos moradores recebem programas sociais de transferência de renda. O número representa 11% do total de domicílios no Estado, estimado em 982 mil.

Os dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) mostram que houve salto de 134,8% no número de atendidos em relação a 2021. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (11) pelo IBGE.

O IBGE explica que a diferença grande acontece devido à mudança nos programas sociais nos últimos anos, principalmente em relação ao Auxílio Emergencial, criado em 2020. O benefício não foi contabilizado como sendo o Bolsa Família e sim, outros benefícios.

O percentual de famílias que recebem o Bolsa Família em MS é o 6º menor do país. O maior valor foi registrado no MA, com 40,7%, seguido por PI (40,3%).

Renda de 1% é 24,7 vezes maior que rendimento médio de 50% da população

Os números do IBGE também mostram que, em 2022, as pessoas de MS que estavam no último percentil de rendimento, ou seja, aquelas que faziam parte do 1% da população com rendimentos mais elevados recebia R$ 17.320.

O número é 24,7 vezes o rendimento da metade da população com os menores rendimentos (cujo rendimento médio mensal real era R$ 701).

Esta razão entre o rendimento médio do último percentil de pessoas com maiores rendimentos e o rendimento médio da metade da população com os menores rendimentos era de 28,7 vezes em 2012 e de 26,9 vezes em 2019. No início da pandemia do novo coronavírus, em 2020, a razão se reduziu para 22,6 vezes, devido a alterações ocorridas na composição do rendimento domiciliar com maior peso de outras fontes de renda, sobretudo outros rendimentos como o auxílio emergencial.

Entretanto, em 2021, com a flexibilização das medidas sanitárias – que permitiu a retomada do mercado de trabalho – e os ajustes realizados no auxílio emergencial, essa razão voltou a aumentar (28,7 vezes).

Com o aumento significativo da ocupação e o pagamento de valores mais altos aos beneficiários do Auxílio Brasil, em substituição ao Programa Bolsa Família, em 2022 esta razão caiu para as já citadas 24,7 vezes.

Conteúdos relacionados

Bolsa Família
salário