Pandemia aumentou desigualdades e jogou trabalhadores de MS na informalidade
A pandemia de Covid-19 contribuiu para aumento da pobreza e desigualdades sociais no Estado, diz IBGE
Priscilla Peres –
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Em 2021, segundo ano da pandemia de Covid-19, a extrema pobreza chegou a 3,6% da população de Mato Grosso do Sul. O percentual passa de 6% se descontar os recursos provenientes de programas sociais federais.
Os indicadores sociais de 2021 foram divulgados nesta sexta-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano passado, a crise econômica proveniente da pandemia também fez com que batesse recorde o trabalho informal, sem vínculo empregatício.
Em 2021, o número de jovens entre 18 e 24 anos que não trabalhavam e nem estudavam atingiu 137 mil jovens. O percentual bateu recorde, chegando a 21,6%.
Aumento da desigualdade entre as minorias
A renda média per capita da população estadual também teve queda em 2021, evidenciando ainda mais a diferença econômica entre as minorias. Os números do IBGE mostram que a renda média per capita caiu aos menores patamares dos últimos 10 anos para homens e mulheres.
Porém, as mulheres passaram a ganhar o menor salário dos últimos dez anos, e com aumento da diferença salarial dos homens. Dessa forma, a renda média per capita das mulheres chegou a R$ 1.379, enquanto dos homens caiu para R$ 1.492.
A renda de pessoas negras e pardas também caiu em 2021 ao menor patamar dos últimos dez anos. A renda para essas pessoas ficou bem menor do que a das pessoas que se declaram brancas.
Serviços de saúde cresceram em ano recorde de mortes
Em 2021, o número de mortes em Mato Grosso do Sul chegou a 24.852, correspondendo a um aumento de 47,8% se comparado com 2019, período pré-pandemia. As doenças do aparelho circulatório e os tumores foram as principais causas de mortes em 2021.
Em relação aos estabelecimentos de saúde, houve um crescimento de 72,2% em 2021, comparado aos dados de 2010. Também houve aumento na quantidade mensal média de estabelecimentos de atendimento ambulatorial pelo SUS. Em 2021, foram registrados 1.238 estabelecimentos desse tipo, o que significa um aumento de 40% na comparação com 2010 e de 2,5% na comparação com 2020.
A pandemia também contribuiu para aumento do número de leitos hospitalares. Em 2010, havia em MS, 5.939 leitos de internação, sendo 3.837 do SUS. Já em 2021, esse número era de 5.745, sendo 3.914 do SUS. Os leitos complementares, no entanto, eram 440 (316 do SUS) e subiram para 908 (538 do SUS).
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