MS será responsável por 8,5% da produção de grãos do Brasil, a 5ª maior safra
Este número faz parte da estimativa de produção calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
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O novo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta para Mato Grosso do Sul como responsável por 8,5% da produção de grãos em todo o Brasil, a quinta maior safra entre os Estados. Em números, isso significa que o Estado deve produzir 22,7 milhões de toneladas de grãos este ano, dos quais 12,7 milhões serão de soja e 10 milhões serão de milho.
Para o coordenador de Economia e Estatística da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Daniel Frainer, os números são animadores, levando-se em consideração os problemas que os produtores rurais enfrentaram com a estiagem prolongada em 2021. “O Estado vai avançar da produção, mesmo diante de problemas climáticos. A questão é que se não houvesse a estiagem, o avanço seria maior”, disse Frainer.
Os números do IBGE, confirmados pela Semagro, apontam para uma produção de 12,7 milhões de toneladas de soja – um crescimento de 4% na comparação com o ano anterior. A área plantada – que corresponde a 3,6 milhões de hectares – terá um crescimento de 6,6%. Já o preço da saca de 60 quilos hoje se encontra em R$ 195, ou US$ 37,5, com viés de alta para os próximos meses. O motivo: o consumo se manterá em alta, tanto no País, quanto nos países que importam do Brasil. De acordo com Daniel Frainer, o maior problema a ser enfrentado pelos produtores rurais de Mato Grosso do Sul e de todos os Estados brasileiros está relacionado aos insumos. Segundo Frainer, fertilizantes e defensivos agrícolas são importados e o preço é cotado em dólar. Ainda assim, a produtividade de soja em Mato Grosso do Sul é de 4,3 milhões de toneladas por hectares – número pouco maior que a média nacional, que é de 4,2.
No caso do milho, a estimativa é de um crescimento de 54% da produção. Na avaliação de Frainer, esse número pomposo para este ano é decorrente do aumento da área plantada, que vai ultrapassar 2 milhões de hectares. “Este ano a plantação de milho será correspondente a 72% da área da soja. Mesmo com problemas oriundos de questões climáticas, o rendimento será muito bom e se chover mais será ainda melhor, porque não teremos que lidar com os efeitos destrutivos de uma estiagem prolongada”, explicou Frainer. A estimativa colheita é de 10 milhões de toneladas de milho. Na safra anterior, este número foi de 6,6 milhões de toneladas. O preço da saca de milho se encontra em R$ 97, ou US$ 18,6.
Quanto ao destino da soja e milho produzidos em Mato Grosso do Sul, os caminhos são bastante diferenciados. Na soja, por exemplo, das 12,7 milhões de toneladas previstas, 7,2 milhões ficam no Brasil e 5 milhões vão para mercados externos. Já no caso do milho, das 10 milhões de toneladas estimadas, 95% ficam no Brasil pelo fato de o farelo ser alimento para rebanhos bovinos, suínos e de aves, além do consumo humano. Apenas 500 mil toneladas de milho serão exportadas por Mato Grosso do Sul este ano.
Conjuntura nacional
A previsão do IBGE é de uma safra recorde de 271,9 milhões de toneladas para 2022. De acordo com as mais recentes estimativas, este número é 7,4% maior na comparação com a safra do ano passado, que foi de 253,2 milhões de toneladas. A área colhida será de 71,2 milhões de hectares, 3,8% (2,6 milhões de hectares) maior que a área colhida em 2021 e 0,3% (217,2 mil hectares) maior do que o previsto no mês anterior.
O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo que, somados, representam 93% da estimativa da produção e respondem por 87,8% da área a ser colhida. Frente a 2021, houve acréscimos de 5,8% na área do milho (6,9% na primeira safra e 5,4% na segunda), de 7,2% na área do algodão herbáceo e de 3,6% na da soja. Por outro lado, houve declínios de 0,9% na área do arroz e de 1,7% na área do trigo.
Espera-se que a produção de soja totalize 131,8 milhões de toneladas, com redução de 4,7% em relação ao terceiro prognóstico, divulgado em janeiro, e de 2,3% na comparação com a produção do ano anterior. A produção do milho foi estimada em 109,9 milhões de toneladas, com crescimento de 0,9% frente ao mês anterior e 25,2% em relação a 2021. Já a estimativa de produção do arroz foi de 11 milhões de toneladas, queda de 4,9% frente ao produzido no ano passado.
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