Bolsa cai 1,67% e atinge menor nível desde agosto no dia seguinte à aprovação da PEC
No dia seguinte à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, a bolsa teve nova queda e atingiu o menor nível desde agosto. A moeda norte-americana teve um dia estável, fechando em leve alta. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 107.249 pontos, com queda de 1,67%. O indicador está no menor […]
Agência Brasil –
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No dia seguinte à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, a bolsa teve nova queda e atingiu o menor nível desde agosto. A moeda norte-americana teve um dia estável, fechando em leve alta.
O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 107.249 pontos, com queda de 1,67%. O indicador está no menor nível desde 5 de agosto. As ações que mais caíram foram as de bancos privados, sob reflexo da manutenção da taxa Selic (juros básicos da economia) em 13,75% ao ano, e as da Petrobras.
Ontem (7), o Banco Central não mexeu nos juros da economia, que estão no nível mais alto em cinco anos. No entanto, o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) indicou a possibilidade de a Selic permanecer alta por mais tempo por causa da “elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e estímulos fiscais adicionais”, em uma referência à PEC da Transição. Juros altos afastam os investidores da bolsa e estimulam aplicações em renda fixa.
O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,216, com alta de R$ 0,01 (+0,2%). A cotação teve um dia de idas e vindas, chegando a R$ 5,23 nos primeiros minutos de negociação e caindo para R$ 5,19 algumas vezes ao longo do dia.
Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula alta de 0,27% em dezembro. Em 2022, a divisa cai 6,46%.
Prevista para ser votada pela Câmara dos Deputados na próxima semana, a PEC da Transição foi aprovada ontem à noite em dois turnos pelo Senado com uma diminuição de R$ 30 bilhões em relação ao valor inicial. O montante de despesas fora do teto de gastos caiu de R$ 198 bilhões para R$ 168 bilhões, e o período de exceção caiu de quatro para dois anos.
No exterior, os investidores estão sob a expectativa da próxima reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), que ocorrerá semana que vem. A divulgação da notícia de que os pedidos de seguro-desemprego voltaram a subir nos Estados Unidos aumentou as expectativas de que o Fed comece a desacelerar o aperto monetário, elevando as chances de o órgão elevar os juros básicos da maior economia do planeta em 0,5 ponto percentual, após quatro altas seguidas de 0,75 ponto.
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