Guedes, sobre o FMI: Que eles vão fazer as previsões deles em outro lugar

Guedes, que vem se empenhando em desqualificar as previsões do organismo multilateral

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Agência Brasil
Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, rebateu nesta quarta-feira, 15, críticas que, segundo ele, teriam sido feitas ontem à economia brasileira pelo ex-presidente do Banco Central (BC), que deve assumir em breve o cargo de diretor para o Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Ilan Goldfajn.

Guedes, que vem se empenhando em desqualificar as previsões do organismo multilateral para a economia brasileira já há algum tempo, disse inclusive que vai desmontar em junho do ano que vem o escritório representativo do FMI no Brasil.

Estas declarações do ministro foram feitas durante uma rápida entrevista coletiva que ele concedeu à imprensa, ao lado do seu colega da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, após terem participado de evento na Fiesp, onde também estiveram outros ministros e o presidente Jair Bolsonaro.

No evento, Guedes já havia feito criticas ao FMI alegando que o organismo havia previsto queda de 10% do PIB Brasileiro no ano passado e recuo de 4% para a economia inglesa. No fim, segundo ele, a economia brasileira caiu 4% e a inglesa, 9,2%.

“Que eles vão fazer as previsões deles em outro lugar”, disse o ministro, para quem o FMI já fez o que tinha que fazer no Brasil e que já poderia ter ido embora. E emendou que “só não foi embora porque talvez gostem do futebol, da feijoada e de bom papo”.

“Eu não li a reportagem, mas fiquei sabendo das críticas de um ex-presidente do Banco Central. Eu vou falar, é o Ilan Goldfajn. Ele é um amigo, mas em época de política todo mundo critica e o Ilan também tem o direito de criticar. Mas já que tem um brasileiro que critica o Brasil indo para o FMI, ele não precisa mais ficar aqui”, disparou Guedes.

O ministro reconheceu por diversas vezes durante o tempo em que permaneceu na Fiesp que o próximo ano será difícil para a economia brasileira porque “estaremos combatendo a inflação”.

Mas de acordo com ele, não é também para jogar a economia brasileira para baixo porque tem elementos que vão compensar em parte o que a economia vai deixar de crescer pelo fato de o Banco Central estar elevando a taxa de juros para combater a inflação.

Ele citou como um dos elementos que vão contrabalançar a desaceleração da economia no ano que vem a renovação dos marcos regulatórios que vai assegurar investimentos de R$ 700 bilhões em dez anos, ou R$ 70 bilhões por ano a partir de 2022.

Conteúdos relacionados

Bolsa Família
salário