Vendas no varejo podem diminuir até R$ 138 bi em 2020, diz Fecomercio

Um levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que, usando como parâmetro as perdas do comércio durante a recessão de 2015 e 2016, a crise do novo coronavírus fará com que o setor venda entre R$ 115 bilhões e R$ 138 bilhões a menos […]

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Um levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que, usando como parâmetro as perdas do comércio durante a recessão de 2015 e 2016, a crise do novo coronavírus fará com que o setor venda entre R$ 115 bilhões e R$ 138 bilhões a menos em 2020 que no ano passado. O valor representa 3,9% a 4,8% do que foi comercializado em 2019.

Na comparação com as previsões do início de 2020, a análise feita pela FecomercioSP prevê que haverá perdas de ao menos 5,9% nas vendas durante os meses de abril, maio e junho, com retomada gradual nos meses seguintes.

Numa conjuntura mais grave, a instituição prevê recuo de 10%, enquanto que no pior cenário, a previsão é de retração de 15% nas vendas para cada um dos três meses. Segundo a FecomercioSP, os três cenários previstos para a crise são equivalentes a 21, 23 e 25 dias de estabelecimentos completamente fechados no Brasil, respectivamente.

Em São Paulo, a federação aponta para quedas de, ao menos, 7,7% no faturamento do varejo para os três meses com previsão de perdas.

Em cenários mais agudos, a FecomercioSP estima quedas de 8,3% e 9% em relação ao previsto no início do ano. Em valores absolutos, as perdas podem chegar a R$ 60,3 bilhões, R$ 65,3 bilhões e R$ 70,2 bilhões, respectivamente.

Para os pequenos comerciantes, que representam mais de 90% do setor no Brasil, a instituição afirma que uma queda média de 10% no faturamento em abril, maio e junho fará com que cerca de 44 mil empresas encerrem as atividades em 2020, levando à economia um prejuízo de ao menos R$ 54,5 bilhões em relação às estimativas anteriores a pandemia, além do fechamento de 191 mil vagas formais de emprego.

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