Produtores da fronteira calculam prejuízo deixado por granizo na lavoura
Os prejuízos com o temporal que assolou algumas cidades da região Sul do Estado, principalmente os municípios que fazem fronteira com o Paraguai, já começam a ser colocados na ponta do lápis e estão deixando prefeitos e produtores rurais assustados. Na lista estão cidades como Amambai, Laguna Caarapã, Coronel Sapucaia e Ponta Porã, com danos […]
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Os prejuízos com o temporal que assolou algumas cidades da região Sul do Estado, principalmente os municípios que fazem fronteira com o Paraguai, já começam a ser colocados na ponta do lápis e estão deixando prefeitos e produtores rurais assustados. Na lista estão cidades como Amambai, Laguna Caarapã, Coronel Sapucaia e Ponta Porã, com danos que ainda não foram totalizados, mas que causarão profundo impacto na economia local.
“A região do Tagi, entre Amambaí e Ponta Porã e também outras áreas foram muito castigadas. Temos relatos de alguns produtores de que as lavouras foram quase que totalmente danificadas e acredito que tem gente que perdeu mais de 400 hectares”, disse o presidente do Sindicato Rural de Amambai Rodrigo Ângelo Lorenzetti.
Segundo Lorenzetti a chuva de granizo fez prejuízos que ainda não podem ser dimensionados. “Temos algumas lavouras de milho que praticamente terão perda total. Além disso, em algumas propriedades os ventos foram tão fortes que derrubaram barracões e até áreas de alojamentos para trabalhadores”, conta o presidente do Sindicato de Amambai.
Outro município que sentiu a força dos ventos foi Laguna Caarapã. “Os prejuízos já passam de R$ 1,5 e com certeza, pelas nossas estimativas podem ser ainda maiores, diante do que aconteceu na cidade”, relata o prefeito Itamar Bilibio (MDB), que deve se reunir com o presidente do Sindicato Rural da cidade João Firmino.
Segundo ele, o desabamento da cobertura do pavilhão de eventos do Parque de Exposição já é uma perda considerável. Entretanto, na sua avaliação o município terá também que dar uma atenção aos moradores, já que pelo temporal, muitas casas foram destelhadas deixando algumas famílias desabrigadas. “Tudo isso é muito triste e vai exigir de nós muito esforço e união para reconstruir a cidade”, disse Itamar.
Chuva de bençãos
Se por um lado alguns gestores de sindicatos rurais lamentam as consequências das ventanias, em Dourados a situação foi mais tranquila. Dados da estação agrometeorológica da Embrapa Agropecuária Oeste registraram que a cidade rajadas de 33.4 quilômetros por hora e chuva de 16.7 milímetros.
“Posso dizer que aqui para nós de Dourados o que aconteceu foi uma chuva de bençãos. Já faziam alguns dias que a seca estava tomando conta das nossas lavouras”, ressalta o presidente do Sindicato Rural de Dourados Lúcio Damália, que espera que a região não seja castigada por nenhuma geada.
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