teve 3.506 empresas abertas no mês de maio, um aumento de 7,6% em relação a abril, aponta o Indicador de Nascimento de Empresas da Experian.

Conforme o levantamento, é o melhor resultado para maio desde 2010. Em relação mesmo período do ano passado, o aumento foi de 2,7%, passando de 3.411 novos negócios para 3.506 em 2020.

Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, esse crescimento reflete a necessidade das pessoas em manterem uma fonte de rendimento, além das oportunidades que surgem em momentos difíceis. “Quem perdeu o emprego neste cenário desafiador está buscando se reinventar. A abertura de novas empresas tem sido uma alternativa à manutenção da renda”, avalia Rabi.

Apesar da crise e incerteza gerada pela do coronavírus, em números absolutos, 2020 registrou alta de 7,5% na abertura de empresas em MS. Assim, de janeiro a maio de 2019 o total de novos negócios foi 17.162, enquanto que neste ano o número subiu para 18.466.

Empreendedorismo

A necessidade de procurar novas fontes de rendimento, apontada pelo economista, é reforçada por outro dado apontado pelo levantamento: MEIs representam 78,4% do total de novas empresas no Brasil.

Conforme os dados nacionais, os microempreendedores individuais (MEIs) responderam pela criação de 172.307 empresas em maio. O número equivale a 78,4% do total de novos negócios, que revela um crescimento de 4,4% ante abril.

As empresas classificadas como Sociedades Limitadas tiveram um forte avanço na comparação com abril, de 57,2%, totalizando a abertura de 21.885 empreendimentos. Na comparação anual, houve expansão de 31,1%. Já a criação de empresas individuais, que havia registrado queda em abril, voltou a subir em maio. No período, foram criadas 7.800 instituições, ante 4.889 em abril. No ano, ocorreu uma queda de 33,5%.

Por fim, Rabi explica que essa tendência de crescimento ainda deve se manter por algum tempo. “Como a oferta de emprego continua baixa, as pessoas recorrem ao empreendedorismo por necessidade. O trabalho por conta própria acaba sendo feito dentro de casa, junto com outros membros da família, como uma opção para se tornar ativo e voltar para o mercado”, ressalta o economista.