Dólar tem mais um dia volátil e firma queda com notícia de tratamento para covid

O dólar terminou a sexta-feira, 10, em queda, fechando a semana marcada por fortes oscilações praticamente estável, com leve alta acumulada de 0,05%. Em julho, o dólar cai 2,1%. A moeda americana operou nos últimos dias ao redor dos R$ 5,30, em pregões marcados por baixo volume de negócios, o que acentuou o movimento de […]

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O dólar terminou a sexta-feira, 10, em queda, fechando a semana marcada por fortes oscilações praticamente estável, com leve alta acumulada de 0,05%. Em julho, o dólar cai 2,1%. A moeda americana operou nos últimos dias ao redor dos R$ 5,30, em pregões marcados por baixo volume de negócios, o que acentuou o movimento de vaivém das cotações. O noticiário sobre o coronavírus foi monitorado de perto pelos mercados e, hoje, a notícia de um tratamento mais eficaz para casos graves da covid da farmacêutica Gilead ajudou a estimular a busca por ativos de risco, enfraquecendo o dólar no mercado internacional. O Nasdaq bateu novo recorde histórico e o Ibovespa foi aos 100 mil pontos O dólar à vista encerrou o dia em baixa de 0,31%, cotado em R$ 5,3218. O dólar futuro para agosto fechou em baixa de 0,35%, a R$ 5,3285.

A avaliação dos traders é quem sem um sinal mais claro sobre a intensidade da recuperação da economia brasileira e dos rumos dos casos de covid no Brasil e nos Estados Unidos, o câmbio deve seguir volátil, sem firmar tendência.

O estrategista da TAG Investimentos, Dan Kawa, observa que os mercados seguem respeitando “bandas” recentes, sem grandes sinais de “rompimento” ou grandes tendências, em meio a um cenário de baixa previsibilidade. No caso do dólar, a moeda ficou ao redor dos R$ 5,30. Para Kawa, ainda não é possível ter convicção sobre a velocidade ou intensidade da recuperação da atividade econômica no Brasil. “O cenário ainda é muito turvo.” Se as vendas no varejo de maio surpreenderam positivamente, os dados de hoje de serviços vieram fracos, ressalta ele.

Os estrategistas de moedas em Nova York do Citi avaliam que o real pode ser uma boa opção para ficar “vendido” entre as moedas de emergentes, ou seja, para apostar na queda. Eles destacam que a divisa brasileira tem sido usada para hedge, incluindo para operações de proteção em apostas nos outros ativos domésticos, enquanto as operações de carry trade tiveram queda significativa Nesse tipo de estratégia, o investidor toma recurso em país de juro baixo e aplica em outro de taxa maior.

Para as moedas de emergentes, incluindo o real, o Citi alerta que um dos maiores temores é o aumento da dívida pública, por conta da elevação de gastos para lidar com a pandemia do coronavírus. O Brasil, que já tinha situação deteriorada antes da crise, será um dos mercados com os piores números pós-pandemia, ressalta o banco americano. A relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB) deve superar os 90% este ano e o déficit primário chegar a 11,5% do PIB, ambos nos níveis mais altos dos emergentes.

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