Após veto de Bolsonaro, Conselho do FGTS formalizará redução de rendimentos do fundo
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS se reuniu nesta terça-feira (23) e alterou a Resolução n°854/17, que orienta a distribuição de resultado positivo do fundo. Segundo Gustavo Tillmann, diretor do FGTS, a distribuição dos lucros voltará a ser parcial e não mais de 100% como aconteceu em 2019, com […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS se reuniu nesta terça-feira (23) e alterou a Resolução n°854/17, que orienta a distribuição de resultado positivo do fundo. Segundo Gustavo Tillmann, diretor do FGTS, a distribuição dos lucros voltará a ser parcial e não mais de 100% como aconteceu em 2019, com a distribuição de lucros referentes a 2018.
Na prática, a medida apenas formaliza a decisão que o presidente Jair Bolsonaro já tinha tomado em dezembro, quando vetou a ampliação da distribuição total do lucro. Assim, o recebimento de 100% do lucro pode ser interpretado pelos cotistas como um aumento de retorno passageiro, que ficou restrito ao ano passado, conforme o portal Info Money.
“A divisão da totalidade dos lucros do fundo era o que vigia até o ano passado, mas com a Medida Provisória (MP) 889 e depois com a conversão da Lei 13.932 (que alterou a Lei 8.036/90) foi colocado que será distribuído parte do resultado [do lucro do fundo]. Então, é um mero ajuste: ao invés da totalidade vale a divisão de parte do resultado líquido para ser aderente à lei 13.446 de 2017, alterada no fim do ano passado”, afirmou Tillman.
Segundo ele, essa alteração poderia ter sido feita antes, mas o Ministério da Economia optou por levantar o assunto agora que estamos em um período mais próximo do momento de distribuição de resultado”. “Regimentalmente é preciso definir até 31 de agosto como a distribuição deve acontecer. Isso está sendo discutido no GAP [Grupo de Apoio Permanente ao Conselho Curador do FGTS] e deve ser objeto de deliberação da próxima reunião”, disse Tillmann.
Ele ressaltou que a alteração é “meramente formal”. “Não gera nenhum tipo de impacto nesse momento. Apenas se adéqua às alterações da Lei n° 8.036, as trazendo para as resoluções do conselho. E não delibera sobre distribuição de resultado. Essa resolução vai orientar, mas ainda não é a definição da distribuição. É apenas um ajuste da norma que rege essa definição”, diz.
O presidente Jair Bolsonaro já havia vetado o dispositivo que ampliaria a distribuição do lucro aos cotistas para 100%, atendendo a um pedido do Ministério de Desenvolvimento Regional. Com o veto, volta a valer a regra antiga, criada no governo de Michel Temer, que prevê distribuição de “parte” do lucro aos cotistas.
Nos exercícios de 2016 e 2017, a distribuição foi de 50%. Com a publicação da MP 899, a distribuição de 2018 (creditada em 2019) foi de 100%.
A assessoria do Ministério da Economia confirmou que ainda não foram definidos os percentuais de distribuição do lucro do exercício de 2019, que serão creditados até o 31 de agosto deste ano.
De acordo com a Lei n° 8.036/90, “o Conselho Curador autorizará a distribuição de parte do resultado positivo auferido pelo FGTS, mediante crédito nas contas vinculadas de titularidade dos trabalhadores”.
O Conselho do FGTS se reúne, em média, a cada dois meses, com objetivo de deliberar sobre as diretrizes que norteiam a utilização dos recursos do Fundo.
Rendimentos
A rentabilidade do FGTS equivale a 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (atualmente zerada), mais a distribuição do lucro do fundo. Como no ano passado a distribuição referente a 2018 foi de 100% do lucro, o cotista teve um retorno de 6,18%.
O resultado superou a variação de 5,96% do CDI no ano, que é a principal referência sobre o rendimento dos investimentos de renda fixa. Com o retorno do FGTS superando a renda fixa, especialistas recomendaram cautela aos cotistas que consideravam sacar os recursos do fundo nas últimas rodadas de liberação emergencial de saque.
Mas, com o fundo voltando a repassar apenas parte do lucro, o rendimento do FGTS deve ficar menor neste ano. Para se ter uma base de comparação, em 2016 e 2017, por exemplo, quando os cotistas receberam apenas 50% do lucro, o rendimento final ficou em 7,1% e 5,6%, respectivamente, ante retorno do CDI de 13,99% em 2016 e de 9,92% em 2017.
Ainda assim, mesmo que a distribuição dos resultados fosse igual a zero, o FGTS ofereceria uma rentabilidade de 3% ao ano, retorno superior ao da taxa Selic atual, que foi reduzida na semana passada para 2,25% ao ano.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
‘Execução de 94% dos projetos propostos’, diz Governo do Estado sobre 2024
Segundo o executivo, a avaliação anual dos contratos de gestão apresentou resultado positivo
CBF anuncia candidatura de Brasília para sediar final da Libertadores
A decisão da competição será disputada no dia 29 de novembro
Corpo de ex-superintendente da Cultura começa a ser velado na noite desta sexta
O professor foi assassinado por um adolescente, de 17 anos, na madrugada desta sexta
Conmebol divulga datas dos jogos da Recopa Sul-Americana
O confronto de ida, no dia 20 de fevereiro a partir das 21h30 (horário de Brasília)
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.