Campo Grande teve o maior aumento no valor da cesta básica entre as capitais do país. Em 2018, a cesta ficou 15,46% mais cara, de acordo com pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Dados apontam que o trabalhador campo-grandense que recebe um salário mínimo precisaria trabalhar por 97 horas e 31 minutos para adquirir a cesta básica, estimada em R$ 422,88.

Com o aumento no preço do alimento em um ano, em 2018 o trabalhador precisou trabalhar 11 horas a mais para comprar a cesta básica. Enquanto no final de 2018 foi preciso trabalhar 97 horas e 31 minutos para comprar a cesta, um ano atrás o tempo de trabalho estimado era de 85 horas e 59 minutos, quando a cesta tinha um custo de R$ 366,26.

Entre os alimentos, o tomate foi o líder no aumento do preço. Em um ano, o produto registrou a variação de valor em 87,21%. A manteiga teve alta de 20,31% em 2018, com preço médio de R$ 7,97 para 200 gramas. O leite de caixinha teve uma alta acumulada de 11,39% durante o ano e o preço médio do litro é de R$ 3,69.

Enquanto alguns produtos ficam mais caro, o café, o óleo de soja, o açúcar e o feijão ficaram mais baratos, segundo a pesquisa do Dieese.

Dados Nacionais

Logo após Campo Grande, a cidade de Brasília registrou a segunda maior alta anual no preço da cesta básica, com variação de 14,76%. Belo Horizonte fica em terceiro lugar, com 13,03%.

Apesar de ter a maior variação no ano, a cesta básica de Campo Grande não é mais cara do país. Este título fica com São Paulo, onde a cesta custa R$ 477,44, o equivalente a 53,71% do salário mínimo. Na maior cidade do país, o trabalhador precisaria de 108 horas para comprar a cesta.