Depois das pizzas, venda de pão caseiro é nova ‘febre’ nos semáforos de Campo Grande
Quem se lembra da ‘febre’ da venda das pizzas nos semáforos em Campo Grande? Pois agora, em busca de complementar a renda e até mesmo ter como arrecadação principal, moradores de Campo Grande vendem pães nas ruas da cidade e fazem o maior sucesso com a clientela. Os preços variam, de R$ 6 a R$ […]
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Quem se lembra da ‘febre’ da venda das pizzas nos semáforos em Campo Grande? Pois agora, em busca de complementar a renda e até mesmo ter como arrecadação principal, moradores de Campo Grande vendem pães nas ruas da cidade e fazem o maior sucesso com a clientela. Os preços variam, de R$ 6 a R$ 10, e os vendedores comentam que é raro voltar para casa com sequer um pão no estoque.
Vendendo pães, cucas recheadas e roscas há 5 anos, o aposentado Nelson Silva, de 66 anos, já tem os clientes fiéis. Todos os dias ele prepara os pães, produzidos pela própria esposa, e segue para o ponto de venda.
Ele contou ao Jornal Midiamax que viu na venda dos alimentos como uma alternativa de complementar a renda da família.
“Eu trabalhava no setor de vendas em geral e quando me aposentei, estava sem nada para fazer e tivemos a ideia de vender. Os pães são minha esposa que faz mesmo”, disse ele, afirmando que a clientela aprova o sabor pois sempre voltam para comprar mais.
O ponto onde Nelson escolheu, é conhecido por sempre ter movimento durante o horário de pico, porque motoristas desviam do fluxo de uma avenida ao redor e usam a rua como escape do trânsito. Os clientes chegam a todo momento e Nelson mal tem tempo para se sentar.
“Como aqui pode estacionar, eles param o carro e eu vou até eles. É prático e rápido”, contou a reportagem, dizendo que dos 30 pães diários que leva para vender, não sobra um no fim do dia. “Vende tudo, graças a Deus”, pontuou.
Venda de pães garante o ‘pão de cada dia’
A crise econômica é assunto constante nos últimos anos e ainda bate na porta de muitos moradores. A venda de pães nas ruas também virou um meio de sobrevivência para os desempregados, que tornaram esse empreendimento a principal forma de garantir o “pão de cada dia”.
A fabricação não é própria, mas Ricardo Fernandes, de 57 anos, conta que a revenda dos pães, cucas e roscas fazem sucesso com os clientes. Das 40 peças que ele leva no ponto escolhido para as vendas, não resta uma.
“Na crise eu tive que arrumar uma alternativa para arrumar uma renda. Eu trabalhava no setor da construção civil e quando teve um grande corte de funcionários, precisei me virar”, disse ele.
Os fregueses nas redondezas aproveitam para garantir um lanchinho no fim do dia. Jociele Marques, de 23 anos, trabalha ali perto e diz que sempre compra com Ricardo. “É uma delícia”, afirmou.
O desemprego também fez com que o casal Valmir e Rosemere, ambos de 57 anos, buscasse uma opção para conseguir se manter. “Estou desempregado há dois anos, aí no caminho para casa a gente sempre via as pessoas vendendo alimento, né. Aí decidimos que a gente ia revender os pães”, contou Valmir.
No ponto de avenida bastante movimentada, o casal chega cedo, por volta das 14h para preparar o carro e os produtos. “A gente vem, arruma as coisas, se chove a gente monta uma tenta. Então, faça chuva ou faça sol, estamos aqui vendendo”, relatou Rose. O esforço tem o seu retorno, pois o casal vende todo o estoque todos os dias.
Há seis meses no local, os clientes começam a ser fidelizados e a demanda até ‘obrigou’ a ter máquina de cartão de crédito. “As vendas são mais no dinheiro mesmo, no cartão fica mais para o final do mês. Isso foi o que Deus nos proporcionou e estamos aproveitando”, disse Rose, que afirmou, inclusive, que o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), já esteve no local de vendas comprando com os vendedores.
O valor dos pães é de R$ 6 e das cucas, R$ 10. Ao final do dia, quando o estoque se esgota, o casal arruma tudo para ir embora e até limpa a calçada e o meio fio de onde estavam para poder voltar no dia seguinte.
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