Dólar passa a cair, após intervenção do BC
Vendida a R$ 3,1954
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Vendida a R$ 3,1954
Após abrir em alta, o dólar passou a recuar nesta quinta-feira (19), influenciado pela atuação um pouco mais pesada do Banco Central no mercado de câmbio e por algum fluxo pontual de ingresso de recursos, segundo a Reuters.
Às 15h59, a moeda norte-americana caía 0,73%, vendida a R$ 3,1954. Veja a cotação.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h29, alta de 0,32%, a R$ 3,2294
Às 10h30, alta de 0,05%, a R$ 3,2207
Às 11h30, queda de 0,41%, a R$ 3,2057
Às 12h10, queda de 0,47%, a R$ 3,2036
Às 13h10, queda de 0,25%, a R$ 3,2107
Às 13h49, queda de 0,24%, a R$ 3,2112
Às 15h29, queda de 0,43%, a R$ 3,2051
Mais cedo, a moeda norte-americana foi negociada em alta diante da sinalização da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, de maiores altas de juros nos Estados Unidos neste ano e com cautela um dia antes da posse do presidente eleito norte-americano, Donald Trump.
“A leitura de que o BC vai rolar integralmente o swap de fevereiro deu leveza à moeda aqui”, comentou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora nacional.
O BC brasileiro anunciou na noite passada aumento na oferta de swap tradicional –equivalente à venda futura de dólares– para 15 mil contratos nesta sessão. Com isso, sinalizou que pretende rolar o estoque total que vence em fevereiro, equivalente a 6,431 bilhões de dólares. Até então, o BC vinha vendendo 12 mil contratos swaps por leilão.
Em entrevista a jornalistas, o presidente do Banco Central, Ilan Golfajn, disse que, em princípio, a ideia é mesmo rolar integralmente os vencimentos de fevereiro.
Alguns profissionais comentaram também que houve algum fluxo de ingresso de recursos, o que contribuía para o recuo do dólar ante o real, na contramão do exterior.
O dólar subia ante uma cesta de moedas e outras divisas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca.
“Todo o mundo está na expectativa para a posse de Trump. Além disso, a Yellen foi um pouco mais dura do que o encontro do Fed em dezembro”, comentou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer, à Reuters.
Com a economia dos Estados Unidos perto do pleno emprego e a inflação no caminho para o objetivo de 2% do Fed, “faz sentido” para o banco central norte-americano elevar gradualmente as taxas de juros, afirmou na véspera Yellen.
Segundo ela, “esperar muito tempo para começar a mover-se em direção à taxa neutra poderia levar a uma surpresa desagradável no caminho, ou muita inflação, instabilidade financeira, ou ambos”. “Nesse cenário, poderíamos ser forçados a elevar as taxas de juros rapidamente, o que por sua vez poderia levar a economia a uma nova recessão”, acrescentou.
A chegada de Trump ao poder da maior economia do mundo também deixava os mercados atentos, com medo de que
sua política econômica seja inflacionária e obrigue o Fed a elevar ainda mais os juros. Se isso se concretizar, recursos aplicados hoje em outras praças, como a brasileira, poderiam migrar aos Estados Unidos em busca de mais rendimentos.
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