Balança comercial do trimestre aponta que ‘Carne Fraca’ ainda não afetou exportações

Superávit foi menor que em 2016

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Superávit foi menor que em 2016

A exportação de carne não sofreu impacto, mesmo com a repercussão da Operação Carne Fraca deflagrada em meados de março, é o que aponta relatório emitido pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Entretanto, conforme a Carta de Conjuntura do Setor Externo, elaborada pelo órgão, o superávit na balança comercial do Estado com o exterior no primeiro trimestre de 2017, que chegou a cerca de US$ 610 milhões, ficou aquém do registrado no mesmo período do ano passado, que foi de US$ 667 milhões.

Os dados da carta mostram que a exportação de produtos de carne no primeiro trimestre de 2017 foi superior que o registrado no mesmo período do ano passado, mantendo os principais mercados de exportação. As operações de “Abate e preparação de produtos de carne” cresceram 9,01% no primeiro trimestre de 2017 em relação ao mesmo período de 2016. Já a de “Carne de aves fresca, refrigerada ou congelada” aumentaram 31,22% de janeiro a março deste ano, na comparação com o os três primeiros meses de 2016.

Segundo análise do titular da Semagro, Jaime Verruck, os números não livram o estado de impactos, pois foram observados reflexos internos. “Isto não significa que a Operação Carne Fraca não teve impacto nas atividades internas. O que se observou foi a redução dos abates e férias coletivas. Esperamos que com esses dados tenhamos o retorno das atividades das indústrias do Estado”, comenta.

Desde que foram anunciados por diversos países e blocos as suspensões das importações da carne brasileira, em virtude das divulgações da Operação Carne Fraca, o governador Reinaldo Azambuja e o secretário da Semagro, Jaime Verruck têm dialogado com governo federal e agido em conjunto com o setor produtivo no sentido de reforçar a qualidade da carne brasileira e assegurar a manutenção de mercados importantes que foram conquistados com ações de vigilância e investimento em tecnologia e inovação. “Não houve impacto, mas a batalha continua para recuperar a imagem da carne brasileira, tanto no mercado interno quanto no externo”, finaliza o secretário Jaime Verruck.

O destaque nas exportações dos três primeiros meses do ano é a soja em grão, com 32,27% do total exportado em termos do valor, e com aumento de 13,83% em relação ao mesmo período no ano passado. Em relação ao volume tivemos aumento de 0,4%.

O segundo lugar foi ocupado por Celulose e outras pastas para fabricação de papel, com 20,99% de participação, com diminuição em termos de valor de 20,78% em relação a janeiro-março 2016. Em termos de volume, houve queda de 11,04% comparado a janeiro-março de 2016.

O grande responsável pela redução do superávit do primeiro trimestre de 2017 em relação aos meses de janeiro a março do ano anterior foi o “Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e
farelo de soja”, com redução de 84% no volume exportado. Em seguida vem o item “Preparação do couro e fabricação de artefatos – exclusive calçados”, mostrando diminuição de 44%. 

Para ter acesso a todos os dados da Carta de Conjuntura do Setor Externo, consulte o site da Semagro.

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