Alta dos combustíveis deve impactar preço do frete em 4% e alimentos ficam mais caros
Avaliação é do setor em Mato Grosso do Sul
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Avaliação é do setor em Mato Grosso do Sul
O aumento do combustível deve pesar no bolso até de quem não tem carro. A lógica é que se o combustível sobe a tendência é que o frete no transporte sobe também. Em Mato Grosso do Sul, o custo dos fretes pode aumentar 4%, avalia o setor.
O reajuste do governo federal foi repassado as bombas na sexta-feira (21) e causou surpresa em muito consumidor. Após uma série de promoções, o preço na Capital recebeu aumento e chegou a R$ 3,59. Em Dois Irmãos do Buriti – a 106 quilômetros de Campo Grande -, o litro já é comercializado a R$ 4,30.
A previsão foi calculada pelo presidente do SetLogMS (Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas de Mato Grosso do Sul), Claudio Cavol, que prevê, sobretudo, aumento sobre os produtos que compõe a cesta básica, por conter itens de menor valor agregado e que são transportados por longas distâncias, à exemplo do arroz e feijão. “Esses sofrerão aumento maior porque é o que precisa de maior espaço e de maior tonelagem em cima de nossos caminhões”, explicou.
“Evidentemente esse aumento, nessa proporção em cima dos combustíveis, é praticamente uma bomba em cima não só do nosso setor como também da economia”, avalia. “No Brasil tudo depende do transporte rodoviário, remédio, roupa. Tudo vem por caminhão. E infelizmente, mais uma vez, a população mais pobre será a mais atingida”, afirma.
O efeito do aumento dos impostos não deve ser imediato, mas Claudio indica que o consumidor fique preparado para novos reajustes daqui a 30 e 60 dias. “O governo foi infeliz porque buscou no bolso da população de melhorar suas contas. E tudo que vem do petróleo vai aumentar, é um círculo vicioso”. Atualmente cerca de 60% das cargas são transportadas por caminhões no Brasil.
Em nota, o presidente da CNT, Clésio Andrade disse que o aumento foi recebido com preocupação o aumento de cerca 100% do PIS/Cofins sobre os combustíveis. O diesel, que teve preço médio no país de R$ 2,94 em julho, sofrerá um aumento de R$ 0,21.
“O aumento de impostos sobre o diesel terá impacto de 2,5% sobre os custos do transporte rodoviário de cargas, com reflexos imediatos no preço do frete e, consequentemente, no custo dos alimentos e de todos os produtos consumidos pela população brasileira.”
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