Escoamento de soja via Paranaguá pela região sul reduz em 27% preço do frete de MS
Distância e situação das rodovias beneficiam exportações
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Distância e situação das rodovias beneficiam exportações
Levar a soja ao mercado externo via Paraná resulta em uma viagem de 130 quilômetros mais curta do que indo por São Paulo e uma redução de 27% no preço do frete. A diferença entre Ponta Porã e o Porto de Santos é de 1.202 quilômetros, já para Paranaguá é de 1.089 quilômetros. Os números foram apresentados no último Informativo Casa Rural, divulgado pelo Departamento de Economia do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS).
O porto paranaense é responsável por aproximadamente 45% das vendas negociadas internacionalmente pelo Estado. O Estado ocupa a 6ª posição no ranking nacional das exportações, com a receita das vendas totalizando US$ 52 milhões no primeiro bimestre deste ano.
De acordo com os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), foram enviadas por Paranaguá entre janeiro e fevereiro deste ano 62,3 mil toneladas das 144,4 mil toneladas registradas ao todo, no período analisado. Para o analista econômico do Sistema Famasul, Luiz Gama, além da distância, outros fatores contribuem para que o porto paranaense esteja no topo nos embarques de soja. “Paranaguá já é tradicionalmente o mais usado para exportar commodities agrícolas e as rodovias têm uma melhor estrutura logística”.
A construção de portos secos e o agendamento dos embarques do porto de Paranaguá beneficiaram o fluxo das exportações via Paranaguá na avaliação do gestor do Departamento Técnico do Sistema Famasul, Justino Mendes. “A melhor estrutura resulta nesta economia. Recentemente, o porto fez um arranjo logístico, onde foram instalados portos secos em Cascavel, Maringá e Londrina. Essa ação diminuiu a fila de espera dos caminhões”.
Em Ponta Porã, o segundo maior produtor de soja de Mato Grosso do Sul, a diferença no valor do frete foi a maior entre as praças estudadas pela instituição em relação aos dois portos. Para embarcar uma tonelada via Paranaguá, o gasto é de R$ 150, valor 40 reais a menos que o patamar contabilizado no posto paulista.
Em Dourados, a diferença é de 15,5%, considerando R$ 170/ton via Santos e R$ 147,2/ton via Paranaguá. Se a soja é vendida por sojicultores de Maracaju, a distância de preços é de 14,8%, tomando em conta que o frete via Paranaguá é de R$ 156,85/ton, enquanto que via Santos é de R$ 180/ton.
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