Dólar fecha em queda, vendido a R$ 3,27, de olho em juros no exterior

Acumula valorização de 1,77% no mês

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Acumula valorização de 1,77% no mês

O dólar comercial fechou esta terça-feira (26) em queda de 0,72%, cotado a R$ 3,27 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 1,1%.

Apesar da baixa no dia, o dólar ainda acumula valorização de 1,77% no mês. No ano, no entanto, a moeda tem queda acumulada de 17,17%.

Juros no exterior

Investidores estavam cautelosos, evitando fazer grandes apostas enquanto aguardavam decisões sobre os juros nos Estados Unidos e no Japão, o que pode afetar o mercado no mundo inteiro.

Operadores acreditam que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) vai manter a taxa de juros. No entanto, eles esperam o comunicado da decisão em busca de sinalizações sobre os próximos passos da política monetária norte-americana.

“O mercado está em compasso de espera porque ninguém quer ser pego de surpresa pelo comunicado do Fed”, disse à agência de notícias Reuters o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas de juros são maiores, como o Brasil.

O mercado aguardava, ainda, a decisão de política monetária do banco central japonês, com a expectativa por mais estímulos econômicos no país. Neste caso, outros mercados como o brasileiro poderiam ser favorecidos com um aumento na entrada de recursos.

Ajuste fiscal

No Brasil, investidores continuavam à espera de medidas concretas de ajuste das contas públicas. No entanto, o recesso dos parlamentares mantinha o noticiário político fora dos holofotes.

“Não tem nada no caminho, nada agravante ou favorável. Então o mercado fica mantendo essa banda [do dólar], entre R$ 3,20 e R$ 3,30”, afirmou à Reuters o operador da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold.

Em ata do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgada nesta terça-feira, o BC reforçou que não vai cortar a taxa básica de juros tão cedo. Na semana passada, o BC manteve a Selic em 14,25% ao ano, patamar que segue desde julho de 2015, na primeira reunião do Copom sob o comando de Ilan Goldfajn.

Atuação do BC

A queda do dólar no dia foi limitada, porém, pela atuação do Banco Central no mercado de câmbio.

Nesta sessão, foi vendida a oferta total de 10 mil contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra futura de dólares. O BC tem feito esse tipo de intervenção em praticamente todas as sessões no mês de julho.

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