ALL descumpre acordo e ameaça funcionamento de ferroviária em MS

Por meio de medida cautelar, Arcelor Mittal obriga Rumo ALL  a cumprir contrato

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Por meio de medida cautelar, Arcelor Mittal obriga Rumo ALL  a cumprir contrato

 

Foi publicado no Diário Oficial no dia 14 de março o direito à medida cautelar para a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) que obriga a empresa Rumo ALL a cumprir com as regras definidas em contrato e atender a Arcelor Mittal, com o transporte de 10 mil toneladas de aço e outros 117 vagões carregados que estão parados nos trilhos.

De acordo com a portaria publicada no Diário da União, a agência afirma que o transporte foi interrompido e estabelece prazo para que seja entregue ao destino. Além de determinar que o material seja levado dentro das condições e tarifas estabelecidas no contrato firmado entre a Arcelor Mittal e a Rumo ALL.

Os números apontam que 36 vagões carregados de aço estão parados em Bauru (SP), outros 70 vagões em Três Lagoas e mais 11 em Corumbá. Os três carregamentos de produtos siderúrgicos saíram de Bauru para Corumbá. A empresa tem 20 dias para fazer essa mercadoria chegar ao destino.

Deve ser feito também o transporte de outras 10 mil toneladas de aço nos próximos 40 dias. Se não cumprir a medida cautelar, a Rumo ALL será multada e caso se recuse apagá-la, sofrerá medidas extrajudiciais e judiciais. Mesmo publicada, a empresa pode recorrer dessa decisão da ANTT.

Entenda o caso

Em setembro do ano passado, num intervalo de tempo não tão distante assim, a equipe do Jornal Midiamax publicou uma matéria sobre o encontro do deputado federal Zeca do PT com o governador Reinaldo Azambuja  (além dos membros da ANTT e representantes da Rumo ALL) para tratar a recuperação da malha ferroviária de Mato Grosso do Sul. Na ocasião foi apresentado o estudo de viabilidade econômica da estrada de ferro que corta o Estado.

Na época, o clima era de otimismo, “O risco de encerramento da ferrovia foi descartado, foi feito todo um estudo do governo estadual junto com a Rumo ALL que resultou num conjunto de compromissos. Nós vamos ter um projeto para reativação da malha ALL descumpre acordo e ameaça funcionamento de ferroviária em MSoeste da ferrovia. Mato Grosso do Sul tem volume de carga suficiente para viabilizá-la e agora temos que sentar com o setor produtivo e mostrar que com a tarifa (do setor) é possível transportar pela ferrovia”, pontuou Jaime Verruck, titular da Semade (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico).

O cenário atual porém, é outro. Se romper o contrato com a Arcelor Mittal, a Rumo ALL estará oficializando o fim das atividades da ferrovia em Mato Grosso do Sul, já que atualmente além destes, ela só trabalha com outros dois contratos: o da Fibria, na exportação de celulose de Três Lagoas (MS) para Santos (SP) e da Vale, das minas de Corumbá até Porto Esperança.

Na ocasião, o governo do Estado intercedeu junto as duas partes para evitar que a situação ocorra, e defende, por meio de nota, que os contratos sejam mantidos, pois este é o único que mantém a ferrovia operando em todo seu trecho e é fundamental para o Estado.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Arcelor Mittal para comentar o fato, mas até a publicação as ligações não foram atendidas.

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