Vazio sanitário: em 10 anos, MS reduz 92% casos de ferrugem asiática

Em dez anos o estado reduziu em 92% o número de registros de ferrugem asiática 

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Em dez anos o estado reduziu em 92% o número de registros de ferrugem asiática 

Os mais de 10 mil sojicultores de Mato Grosso do Sul têm se atentado para o vazio sanitário e contribuído com a diminuição nos casos de ferrugem asiática. Em dez anos, período de 2005 e 2015, o estado reduziu em 92% o número de registros do fungo. Entre 15 de junho a 15 de setembro, todas as plantas de soja existentes nas lavouras devem ser erradicadas, por meio de produtos químicos ou equipamentos evitando incidência da doença na entressafra. 

Enquanto na safra 2014/2015 o estado registrou 19 casos da doença, em 2005, foram constatadas 246 casos. A justificativa para redução está no comportamento do agricultor. “Desde 2009, quando o vazio foi adotado como forma de proteção, produtores sul-mato-grossenses são receptivos quanto às datas de início e termino do período”, ressalta o presidente da Aprosoja/MS – Associação de produtores de Soja e Milho de MS, Mauricio Saito.  

Conforme estabelece lei estadual, a medida tem o objetivo de prevenir, controlar e auxiliar na erradicação da ferrugem, uma das principais doenças que afeta a cultura. O fungo Phakopsora pachyrhizi Sydow se aproveita do clima mais ameno e úmido para proliferação, é por isso que durante 90 dias fica proibida a semeadura do grão no Estado. 

Evitando a entrada do fungo, o produtor garante maior produtividade, mais lucro e menos custo com o manejo. “Quando ela aparece no início do cultivo é preciso entrar com correções e não prevenções, isso aumenta de 5% a 10% o custo de produção, já que, dependendo da temperatura e da região, serão necessárias várias aplicações de fungicidas”, explica o agrônomo, Leonardo Carlotto. explica o analista de grãos da Aprosoja/MS, Leonardo Carlotto. 

Cuidado com a soja guaxa

Já é sabido que o vazio sanitário reduz o impacto negativo causado pela ferrugem asiática. Mas fora da propriedade, durante o transporte de soja nas rodovias, os grãos caem dos caminhões na beira da estrada e nascem. As plantas são chamadas ‘soja guaxa’ e, apesar de não terem sido semeadas, é responsabilidade do agricultor extraí-las. 

Além de Mato Grosso do Sul, os estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins cumprem com o vazio, com datas estipuladas de acordo com as condições climáticas de cada região. 

No Estado, equipes da Iagro – Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal irão fiscalizar propriedades rurais verificando o cumprimento da medida no intervalo dos 90 dias.

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