Terminal alfandegário recebe primeiros containers para fábrica chinesa em Maracaju
A empresa vai construir uma fábrica de processamento de milho no município
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A empresa vai construir uma fábrica de processamento de milho no município
O Terminal Alfandegário da Infraero, que funciona no Aeroporto Internacional de Campo Grande, recebeu, nesta segunda-feira (21), os primeiros containers da empresa chinesa de biotecnologia BBCA Group, que vai construir uma fábrica de processamento de milho no município de Maracaju, que fica a 162 quilômetros de Campo Grande.
A carga já é resultado da articulação iniciada em junho deste ano entre Fiems, Governo do Estado, Infraero, Receita Federal e Anvisa para dar mais agilidade ao desembaraço das importações e exportações em Mato Grosso do Sul por meio do processo de alfandegamento de produtos diretamente no terminal.
Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a indústria estadual vem superando crises e evoluindo, sendo que, cada vez mais, as condições para atender as demandas das indústrias estão sendo praticadas de maneira correta e a chegada dos primeiros containers da BBCA Group ao Terminal Alfandegário da Infraero é uma amostra desse avanço.
“Na prática, significa que quem importa hoje pode fazer o desembaraço alfandegário em Campo Grande mesmo e não mais nos grandes portos e aeroportos do Brasil. Isso demonstra que já temos as condições necessárias para atender as empresas que precisam fazer importações em maior volume”, analisou.
Sérgio Longen reforça que a disponibilização do terminal alfandegário no Aeroporto Internacional da Capital é um algo a mais que pode ser ofertado ao setor empresarial. “Hoje, as indústrias estão sofrendo muito com burocracia em nível de Brasil, portanto, tendo essa facilidade de desembaraço alfandegário, com certeza, é uma vantagem competitiva para Mato Grosso do Sul. É algo a mais e de muita valia em tempos em que a burocracia afasta investimentos”, garantiu.
Na avaliação da coordenadora do CIN (Centro Internacional de Negócios) da Fiems, Fernanda Barbeta, a demanda do terminal só deve aumentar de agora em diante. “Por meio de parceria da Fiems, Infraero, Governo do Estado, Receita e Anvisa, estamos conseguindo que os empresários entendam as facilidades de fazer o desembaraço alfandegário aqui em Campo Grande”, declarou, completando que o desembaraço feito na Capital leva em torno de três dias, enquanto a média brasileira é de 14 dias.
Atração de investimentos
Para o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, o trabalho de articulação visa a promoção do desenvolvimento econômico e atração de novos investimentos para Mato Grosso do Sul. “O Governo do Estado, junto com Fiems, Infraero, Receita Federal e Anvisa, realizou uma articulação para agilizar a importação de produtos na estrutura alfandegária de Mato Grosso do Sul, gerando benefícios para o próprio Estado”, analisou.
Jaime Verruck completa que a utilização do Terminal Alfandegário da Infraero é um fator competitivo e atrativo para os empreendimentos dentro do Estado, pois reduz os custos para os empresários. “A empresa ganha, o Estado ganha e toda a cadeia do setor produtivo ganha também, pois existe essa área aduaneira conjunta para o desembaraço de mercadorias e produtos aqui no Aeroporto Internacional de Campo Grande” afirmou.
Parcerias
Já o gerente de negócios comerciais Infraero no Estado, Richard Aldrini Fernandes Custódio, ressalta as parcerias com Fiems, Governo do Estado, Receita Federal e Anvisa e completa que essa carga da BBCA Group integra esse trabalho. “Sem dúvida, por meio dessas parcerias, além do trabalho junto aos importadores e exportadores, teremos resultados positivos para o setor produtivo estadual. Agora, temos de divulgar que o Aeroporto da Capital conta com um terminal alfandegário que pode ser usado pelas empresas no trânsito de produtos que chegam e saem do Estado”, pontuou.
O gerente de marketing da BBCA Group no Estado, Thiago Santos Oliveira, contou que a carga desembaraçada no Terminal Alfandegário da Infraero é composta por estruturas para os alojamentos que servirão de apoio na obra em Maracaju. “A edificação deve iniciar ainda neste ano e daqui até o fim da construção ainda chegarão de 500 a 1.000 containers. Por isso, poder fazer o desembaraço alfandegário aqui no Estado sem dúvida facilita muito. Queremos fugir de todo o trânsito do porto de Santos (SP) e poder fazer aqui agiliza o processo”, declarou.
A fábrica
O BBCA Group vai construir uma indústria esmagadora de grãos no município de Maracaju, maior produtor de soja e de milho de Mato Grosso do Sul com área cultivada de 243 mil e 220 mil hectares, respectivamente. Com investimentos estimados em US$ 1,21 bilhão e perspectiva de geração de 400 empregos diretos, a unidade terá capacidade de processar toda a produção local de milho (1,25 milhão toneladas/ano) e 1 milhão de toneladas/ano de soja.
O projeto prevê ainda o beneficiamento de produtos derivados do milho – 150 mil toneladas de ácido cítrico, 60 mil toneladas de xarope de maltose, 300 mil toneladas de amido de milho, 60 mil toneladas de dextrose cristalina, 150 mil toneladas de lisina e outros; e da soja – 170 mil toneladas de óleo de soja e 810 mil toneladas de polpa de feijão.
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