Semana Santa pode aumentar preço do pescado em 10% na Capital
Alguns comerciantes aproveitam o período para lucrar com as vendas desse período
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Alguns comerciantes aproveitam o período para lucrar com as vendas desse período
A chegada da quaresma pode aumentar o preço do pescado em Campo Grande, já que alguns comerciantes aproveitam o período para vender. De acordo com comerciantes do setor, essa elevação pode chegar a 10%.
Desta forma, a reportagem do Jornal Midiamax descobriu que, ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o aumento do preço do pescado está mais relacionado ao feriado da Semana Santa do que ao fim dos meses de proibição da pesca.
O comerciante que preferiu ser identificado apenas por Cleber destaca que a Piracema não interfere no valor, pois os comerciantes se preparam para o período estocando o produto. “Além de estocar, muitos estão comprando peixe de piscicultores, ou seja, não tem relação direta com a Piracema. O que ocorre é que muitos comerciantes, inclusive eu, aumentam o preço na quaresma para aproveitar para vender bastante”, revela.
Da mesma forma, segundo a comerciante Débora Cristina Milchewski, a maioria das peixarias tendem a aumentar o valor do peixe a fim de aproveitar o período de vendas. “Acho que 90% dos comerciantes aumentam o quilo do peixe nesta época, pois aproveitam para vender. Esses comerciantes são aqueles que vendem peixe de rio. No meu casso isto não ocorre, pois eu só trabalho com peixe de piscicultores. Isto me possibilita fazer promoções nesta época”, diz.
O proprietário de uma peixaria tradicional da cidade, que existe há 39 anos, Cleuber Linares, reforça a tese de que a Piracema não interfere no valor do pescado, direcionando a ‘culpa’ para o período da quaresma. Para ele, as peixarias que aumentam o preço na quaresma são as de pequeno porte.
“As pequenas fazem isso porque deixam para comprar os pescado nos meses de fevereiro ou março, pois não tem lugar para armazenar peixes. Eu, por exemplo, começo a comprar meu estoque nos meses de agosto, setembro e novembro. Todavia, é importante destacar que essas peixarias de menor porte representam uma parcela pequena do mercado de pescados”, afirma Linares.
Por sua vez, para a PMA (Polícia Militar Ambiental) o valor do quilo do peixe não muda muito, pois muitos produtores compram pescado de outros estados ou de piscicultores. “A produção de peixe está bem desenvolvida por conta da tecnologia. Isso tem feito com que muitas peixarias comprem dos produtores. Atualmente, o sabor do peixe de rio e do criado em cativeiro não tem muita diferença”, destaca o major Queiroz da PMA.
Casas de sushi
De acordo com a dona de um restaurante especializado em sushi, Kety Statzmann, a quaresma e piracema não interferem no valor para os restaurantes. “O que mais afeta o valor dos rodízios é o aumento do dólar, pois a maioria das casas de sushi utiliza pescado de fora do Brasil. Quase todos compram peixes de um fornecedor de São Paulo, que por sua vez importa do Chile”, esclarece.
Preço médio do peixe na Capital
Quilo do Pacu – de R$ 8 a R$ 10
Quilo do Pintado – R$ 20
Quilo do Pintado do Pará – de R$ 10 a R$ 15
Filé de Pintado do Pará – R$ 16
Sardinha – R$ 6
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