Em São Paulo o preço médio do é de R$ 2,71

A comissão especial, criada para acompanhar o valor do óleo diesel em Mato Grosso do Sul após redução da alíquota (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 17% para 12%, constatou que o principal concorrente do Estado na comercialização do produto é o Estado de São Paulo.

Uma pesquisa de preço, avaliando o valor médio do combustível nos Estados próximos a Mato Grosso do Sul, feita antes da redução da alíquota e um mês após a redução, revelou que Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná mantiveram os valores inalterados nesse período. Já São Paulo seguiu MS e também reduziu o valor diesel, passando de R$ 2,76 em junho, para R$ 2,71 ao final de julho. Em  o preço médio está em R$ 2,80. “A guerra entre MS e SP. O nosso objetivo é fazer com que caminhoneiros não passem por aqui e vão abastecer apenas em SP, ou pior, saiam daqui para abastecer lá”, destaca o presidente da Comissão, deputado Paulo Corrêa (PR).

Outros pontos destacado na reunião é que o Estado não atingiu a meta de vendas estipulada para o mês de julho, aumento o consumo em apenas 32%, quando o exigido pela Comissão era de 40%.

Para que os resultados sejam mais promissores em agostos, Corrêa convocou os representantes do setor petroleiro para reunião particulares nas sedes dos sindicatos e associações, junto com o secretário de Fazenda do Estado Márcio Monteiro, para discutir formas de aumentar o consumo do combustível em Mato Grosso do Sul, visto que as vendas de julho ficaram abaixo do desejado.

Segundo Corrêa, o objetivo é aumentar em 50 milhões de litros o consumo do diesel até dezembro, para que o Estado não tenha perca de receita com a diminuição da alíquota. O que representaria em torno de 8 milhões de litros/mês, ou aumento de 40% do consumo.

O presidente do Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), Mário Shiraishi defende que o setor teve aumento de 22% nas vendas e que diante da situação, em que mesmo com a diminuição do imposto, alguns postos possuíam estoques comprados com valores antigos, não conseguindo baixar imediatamente o preço nas bombas, valor deveria ser comemorado e entendido como estimativa positiva.

“Temos que entender que toda mudança precisa de um tempo para adaptação e um mês é muito pouco, mas mesmo assim conseguimos aumento de 22% das vendas. Acredito que a partir de agora, com os estoques antigos zerados, os preços devem diminuir e o consumo aumentar”, acrescenta Shiraishi.

Durante a reunião também foram apresentados resultados da ultima pesquisa de preços, feita em todo Mato Grosso do Sul, no qual o preço médio do diesel ficou em R$ 2,91, o que representa uma redução de apenas R$ 0,02 em relação a pesquisa anterior feita na primeira quinzena do mês, no qual o produto estava sendo comercializado em média a R$ 2,93. Para Corrêa a diminuição é irrisória, visto que a meta inicial era de pelo menos R$ 0,05.

Em Campo Grande o preço médio do diesel foi de R$ 2,80. A pesquisa foi feita em 75 postos da Capital. Porém Shiraishi, o preço deste combustível deve ser baseado nos valores comercializados no Anel Viário, onde passam as duas rodovias que cortam o Estado (Br-163 e BR-262). Segundo o presidente da Sinpetro/MS o valor do diesel neste local está na média de R$ 2,74.

A reunião aconteceu na tarde desta quarta-feira (5), no Plenarinho Nelito Câmara, na Assembleia Legislativa.