Donos de padarias relatam que tiveram que enxugar gastos para ‘segurar’ aumentos

Pão e leite registraram aumento no início de março

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Pão e leite registraram aumento no início de março

Depois dos aumentos dos valores do pão e do leite no início do mês, os donos de padarias tiveram que enxugar gastos para manter a clientela. O Jornal Midiamax conversou com proprietários de panificadoras da Capital e todos tomaram medidas para evitar prejuízos.

Corte de gastos

Frank Silvestre, de 34 anos, de padaria no Jardim São Bento, conta que o último reajuste no valor do pão em seu estabelecimento comercial foi feito em setembro. “Mesmo com os aumentos recentes do pão e do leite cortamos gastos para não atingir os clientes”.

Em panificadora no Monte Líbano o proprietário Hélio Nantes também afirmou ter sofrido com o aumento. “Tudo subiu, as gorduras subiram 9,5%. O que deu para segurar nós seguramos, mas está difícil”. Segundo Nantes, alguns produtos não escaparam. “Infelizmente, se pagamos mais caro vai estourar no consumidor”.

Zenilta Milhomem, proprietária de padaria na Vila Carvalho, fez o que pode para não elevar os preços. “Se a gente sobe, cai o movimento. Não tínhamos outra opção”.

Os aumentos

Segundo o presidente do Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul), Hernandes Ortiz, o aumento no valor do leite e do pão surgiu por conta dos aumentos dos valores da energia elétrica e dos combustíveis em todo o Brasil. “Foram aumentos de custos da indústria. Por hora, está estabilizado, não deve aumentar mais”, explica.

O cálculo é que de fevereiro para março o café da manhã do sul-mato-grossense está até 15% mais caro. O pão aumentou entre 10 e 15 % por conta do preço da farinha de trigo que é importada.  Já o leite subiu em até 12%, por conta do valor do aumento nos custos de logística, captação e distribuição. A coleta do litro de leite custava até R$ 0,14. Agora custa R$ 0,17.

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