Dias contados: pecuaristas devem aproveitar ciclo de alta nos preços dos bovinos

Boa fase não deverá se estender para os próximos anos

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Boa fase não deverá se estender para os próximos anos

1º Circuito Pecuário Famasul, realizado em Camapuã (Foto: Divulgação/Assessoria)

A alta nos preços do boi gordo e do bezerro está com os dias contados, segundo o diretor presidente da Scot Consultoria, Alcides de Moura Torres. Em palestra na noite de sexta-feira (6) durante o 1º Circuito Pecuário Famasul, na sede da Acricam (Associação de Criadores de Camapuã/MS), ele explicou que o momento é do criador realizar lucro e fazer o planejamento para a baixa que aparece no horizonte.

Mato Grosso do Sul é referência em preço para todo o país. A venda do bezerro chegou a R$ 1,5 mil neste ciclo de alta, maior cotação real da década, sendo que em 2011 o teto máximo ficou em R$ 715. “O preço do bezerro não bateu no teto; ele já está no telhado”, avaliou Torres, que ressaltou que a fase de alta do ciclo pecuário não deverá se estender para além de 2016.

Segundo o especialista, em 2015 o produtor conseguiu zerar os custos de produção acumulados desde 1994. “Isso nunca aconteceu. O momento é maravilhoso e talvez ele (produtor) não perceba”, disse ele.

 

Participaram do evento produtores e lideranças rurais, dentre eles 14 presidentes ou representantes de sindicatos rurais do Estado. O evento teve a presença do presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Antonio Jorge Camardelli.

Na abertura do evento, o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Mauricio Saito destacou a importância do projeto Novilho Precoce. Ontem, que o Governo institui a criação de um grupo de trabalho para reestruturar o projeto.

“Hoje temos terra, capital, trabalho e conhecimento”, ressaltou o secretário de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas.

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