Comerciantes dos bairros avaliam vendas natalinas como ‘piores dos últimos anos’

Nem mesmo as promoções e descontos têm atraído os clientes

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Nem mesmo as promoções e descontos têm atraído os clientes

Com vendas tímidas, inclusive às vésperas de Natal, comerciantes dos bairros da Capital apontam as vendas de 2015 como a “pior dos últimos anos”. Em meio à crise apontada por eles, nem mesmo as artimanhas de negociação, típicas do comércio informal, como as promoções e o velho desconto, têm levados o consumidor às compras.

A rua Pontalina, por exemplo, é reduto de muitos comerciantes e atende moradores da região dos bairros Universitário e Santo Eugênio. De lojas de vestuário até as que vendem presentes em geral, a rua se assemelha ao centro da cidade, não fosse o fraco movimento.

Jhennyfer Dias é gerente de uma loja de roupas na região há mais de 3 anos. Ela garante que nunca viu um Natal tão fraco como o 2015. “Diminuiu muito o movimento. As pessoas não estão gastando nada este ano. Muitas entram aqui, olham as peças e saem sem comprar nada”, revela.

A loja, segundo a gerente, investe muito em promoções para atrair clientes, mas o resultado não tem sido o esperado. “Em geral, as pessoas reclamam de preços, mas mesmo com descontos estão evitando comprar”, completou.

Próximo dali, um comércio que vende produtos para presentes em geral chama atenção com cartazes improvisados enumerando preços promocionais, ainda assim, nenhum sinal de clientes. Dentro, apenas Lucineide dos Santos, proprietária do estabelecimento.

“Nossa não há o que falar. O movimento está muito fraco mesmo e é em geral. Todos os comerciantes daqui estão reclamando. É a crise que nos atingiu este ano. Só espero que 2016, a situação reverta e nosso movimento volte ao normal”, desabafa.

Para não perder clientes e garantir vendas, Lucineide coloca preço nos produtos mas sempre está disposta a negociar. “O único jeito para vender é dando descontos. Para vender, acho até que muitas vezes fico no prejuízo”, garante.

A vizinha, Geovana Lopes, dona de uma loja de calçados também é adepta da negociação na hora da venda, mas reafirma que a estratégia é comum no comércio de bairro e que não tem sido suficiente para aumentar as vendas este ano.

A equipe do jornal Midiamax percorreu outras ruas da cidade para analisar a movimentação de clientes. De fato, a maior parte das lojas de bairro estavam vazias e com pouco fluxo de pessoas nas calçadas. A rua Spipe Calarge, por exemplo, que abriga vários centros comerciais, estava praticamente deserta em relação aos lojistas, tinha apenas movimento normal de trânsito.

Segundo os comerciantes dos bairros, o horário de atendimento foi estendido neste fim de ano, mas as lojas ficam abertas no máximo até as 21 horas, em média. 

Conteúdos relacionados

Bolsa Família
salário