Atividade industrial no Estado continua em baixa, aponta Sondagem da Fiems

Sondagem foi realizada no mês de janeiro 

A Sondagem Industrial, realizada em janeiro deste ano pelo Radar Industrial da Fiems junto às empresas sul-mato-grossenses, aponta que a atividade industrial inicia o ano em baixa em Mato Grosso do Sul. “Quando confrontado com o mês imediatamente anterior, janeiro de 2015 marcou o oitavo resultado consecutivo sem crescimento da produção, enquanto na comparação contra o mesmo mês do ano anterior se constata que o desempenho foi ainda mais fraco, com o índice de evolução marcando 35 contra 47 pontos”, destacou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

Ele acrescenta que, tanto em 2015 quanto em 2014, os resultados ficaram abaixo da linha indicativa de expansão, que é a partir dos 50 pontos, sendo que o nível de utilização da capacidade instalada no Estado caiu ainda mais. “O índice marcou 34 pontos em janeiro, queda de 4,5 pontos em relação a dezembro de 2014. O resultado permanece abaixo dos 50 pontos, patamar a partir do qual há o indicativo de utilização acima do usual para o mês. A utilização média da capacidade instalada nas indústrias pesquisadas foi de 66%, queda de 6 pontos percentuais em relação ao último levantamento”, pontuou.

ICEI e Intenção de Investimento

Já o Índice de Confiança do Empresário Industrial em Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) demonstra que o empresário industrial segue sem confiança neste início de ano com fevereiro marcando o sétimo mês consecutivo com o índice abaixo dos 50 pontos. “O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul marcou 43 pontos em fevereiro, resultado que permanece abaixo da linha divisória dos 50 pontos, principalmente, pelo pessimismo apresentado em relação às atuais condições da economia brasileira, sendo a variável de pior desempenho, marcando somente 21,9 pontos”, afirmou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

Em fevereiro, para 89,5% dos respondentes as condições atuais da economia brasileira pioraram, enquanto no caso da economia estadual, na mesma comparação, a piora foi apontada por 69,6% dos participantes. Com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 53,5% dos respondentes, enquanto para 44,6% elas não se alteraram. Para os próximos seis meses, 66,7% dos respondentes mostraram-se pessimistas em relação à economia brasileira, enquanto no caso da economia estadual o pessimismo foi apontado por 37,5% dos participantes da pesquisa.

Com relação ao desempenho da própria empresa, considerando os próximos seis meses, 34% dos respondentes mostraram-se pessimistas, patamar próximo aos dos que acham que a situação permanecerá igual. A intenção de investimento para os próximos seis meses segue fraca com o industrial sul-mato-grossense não se mostrando disposto a investir neste início de ano. O indicador de intenção de investimento marcou 49,6 pontos em fevereiro, indicando queda de 16,4% na comparação com igual mês de 2014.