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Consumidor

Governo mantém previsão da inflação de 2023 para 4,85%, mas eleva para 2024

O último boletim macrofiscal da SPE havia sido divulgado em julho
Agência Estado -
batata mercado
Frutas e legumes em supermercado de Campo Grande (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

O Ministério da manteve a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo () em 2023 e subiu a expectativa para 2024. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da Secretaria de Políticas Econômicos (SPE), divulgada nesta segunda-feira, 18, a estimativa neste ano foi mantida em 4,85%, próxima do teto da meta estipulado para 2023, que é de 4,75%.

Para 2024, a projeção de IPCA subiu, indo de 3,30% para 3,40%. O último boletim macrofiscal da SPE havia sido divulgado em julho

No documento, a SPE argumenta que a manutenção na projeção para a inflação oficial deste ano reflete o reajuste nos preços de combustíveis na refinaria, cujos impactos na inflação são compensados pela evolução benigna dos preços de alimentação no domicílio e de serviços subjacentes.

“Apesar da manutenção da projeção para o IPCA em 2023, a expectativa para a variação acumulada em doze meses das cinco principais medidas de núcleo observadas pelo BCB caiu”, observa a SPE.

A pasta pondera que a redução das projeções dos núcleos são justificadas pela “desaceleração observada até agosto para a inflação de componentes subjacentes da inflação, bem como aos efeitos dessa desaceleração nas projeções para o restante do ano”.

Em relação a 2024, a explicação dada pela SPE é de que a projeção está dentro do intervalo da meta, mas a revisão para cima, de 0,10 ponto porcentual, é reflexo de “ajustes marginais decorrentes de mudanças no cenário de câmbio e de preços de commodities”.

“A dinâmica positiva que vem sendo observada para a inflação de serviços e para as medidas de núcleo, no entanto, deve permanecer durante 2024, repercutindo os efeitos defasados da política monetária sobre a demanda agregada e as perspectivas de crescimento mundial moderado”, disse a SPE.

A secretaria ainda observa que, para os anos posteriores, a expectativa é de inflação de 3,00% ao ano, convergindo para o centro da meta contínua.

Após a surpresa com o registro de 0,23% no IPCA de agosto, a expectativa inflacionária para 2023 aliviou para 4,86% no Boletim divulgado nesta segunda-feira, 18. Para 2024, foco da política monetária, a projeção caiu para 3,86%. As projeções para a inflação em 2023 se aproximaram do teto da meta deste ano, de 4,75%. No caso de 2024, a meta é de 3,00%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

INPC

O Ministério da Fazenda também reduziu a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – utilizado para a correção do salário mínimo. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para o indicador neste ano passou de 4,48% para 4,36%. Para 2024, a projeção foi revisada de 3,01% para 3,21%.

“No IPCA, o aumento na previsão para monitorados foi compensado pela deflação de alimentação no domicílio, além da desaceleração de outros preços livres. Como o peso de alimentação é maior no INPC que no IPCA, e o peso de monitorados, menor, a projeção para o INPC em 2023 caiu em cerca de 0,12 ponto porcentual, ante estabilidade do IPCA”, justificou o documento.

IGP-DI

Já a estimativa da Fazenda para a alta do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2023 foi reduzida/ampliada de -2,21% para -3,00%. Para o próximo ano, o patamar passou de 3,63% para 4,00%.

A SPE observou que desde julho, o índice de preços no atacado está surpreendendo para baixo, com o registro de deflações acentuadas no componente de preços agropecuários. Em contrapartida, no caso dos produtos industriais, houve aceleração a partir de agosto, repercutindo o aumento nos preços de derivados do petróleo.

“Além das surpresas observadas no IPA-DI, o IPC-DI também seguiu registrando variações abaixo das previstas, inclusive mostrando deflação em agosto.

Para 2024, projeta-se aceleração dos preços no atacado, motivada pelo aumento na magnitude de anomalias climáticas e pelo aumento nos preços do petróleo”, diz o texto.

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