Pular para o conteúdo
Consumidor

Universidade de Campo Grande terá que pagar R$ 5 mil de indenização por problemas em aula virtual

Alunos instauraram processo reclamando do funcionamento de aulas virtuais
Karina Campos -
ambiente virtual AVA indenização
Alunos reclamam de mau funcionamento da ferramenta (Foto: Reprodução)

Acadêmicos da antiga Anhanguera Educacional ganharam na Justiça o direito de indenização de R$ 5 mil por problemas no AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem). Segundo a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, alunos instauraram processo pela prestação de serviços em 2014.

Conforme a coordenadora do Nuccon (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos do Consumidor e Demais Matérias Cíveis Residuais), a ação é coletiva, porém, cada aluno deverá ser indenizado individualmente.

Dentre as principais reclamações no portal listadas na ação estão: funcionamento precário do ambiente virtual; falta de informações adequadas e claras aos estudantes sobre questões acadêmicas e administrativas; demora ou ausência de respostas soluções às solicitações e reclamações de estudantes e indução de estudantes ao erro na adesão a financiamentos estudantis.

Os pedidos da Defensoria foram acolhidos parcialmente pelo Juízo da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de , e a instituição de ensino foi condenada a prestar informações completas, claras e fundamentadas aos estudantes, com entrega dos documentos pertinentes no prazo de 10 dias, sob pena de de R$ 1 mil por descumprimento da medida.

A universidade também foi condenada a indenizar cada aluno ou ex-aluno vítima por danos morais no valor fixado em R$ 5 mil para cada um, com juros de mora e correção monetária pela Taxa a contar da publicação da sentença. A sentença ainda está sujeita a recurso.

Após o julgamento definitivo da causa em grau recursal, estudantes que foram lesados com o funcionamento dos serviços administrativos e educacionais prestados pela instituição de ensino terão direito da aplicação de multa por não fornecer a documentação solicitada ou não prestar informações adequadas, claras e fundamentadas ao aluno no prazo de 10 dias e receberão o valor indenizatório quando tiver sido vítima da má prestação dos serviços.

Como ter direito a indenização?

Para isso, os alunos deverão comprovar que são ou foram alunos da Anhanguera Educacional, como contrato de matrícula, certidão de matrícula ou diploma de graduação, e receberam uma má prestação do serviço administrativo durante o seu curso, à qual é classificada em:

• Falta de acesso ao serviço de atendimento ao aluno (canais de comunicação da instituição não funcionarem);

• Prestação de informações inadequadas aos alunos considerando o tipo de reclamação ou requerimento que ele tiver apresentado;

• Descumprimento injustificado do prazo de 10 dias para responder às solicitações dos alunos.

indenização nuccom
Jane Inês Dietrich, coordenadora do Nuccom (Foto: Divulgação/)

“A Defensoria Pública orienta que o eventual cumprimento dessa sentença somente deve ser buscado após o julgamento dos recursos que forem apresentados pela instituição de ensino. Para facilitar a todos, a instituição promoverá a ampla divulgação do resultado final do processo para que todas pessoas prejudicadas possam exercer o seu direito”, disse a coordenadora do Nuccon, Jane Inês Dietrich.

Além disso, a defensora pública esclarece que “os alunos que ingressaram com ação individual em seu favor com este mesmo tipo de problema não poderão ser beneficiados com a sentença da ação coletiva”.

A reportagem entrou em contato por telefone com a assessoria da Uniderp, que na época prestava o atendimento em parceria com a Anhanguera, e aguarda um posicionamento.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Idosa morre em veículo após mal súbito na MS-162 em Dourados

pastor legendarios se pronuncia sobre igreja catolica 3

Pastor do Legendários se pronuncia após Igreja Católica desaconselhar movimento

Tapete cobrindo corpo, câmeras de segurança: O que se sabe do caso da mulher jogada em vala pelo amante

Mauricio Silveira: quem é o ex-ator da Globo que está em coma após retirar tumor

Notícias mais lidas agora

Amante pode ter jogado mulher ainda viva para esconder traição em Terenos

Em abril, membros do MPMS comemoram escolha de Alexandre Magno (esq.) para indicação ao CNMP, que já tem de MS o procurador Paulo Passo (centro) (Acervo público da Assecom/MPMS)

CNMP valida desculpas para nota zero de transparência no MPMS, alerta especialista

Comitiva que tenta barrar tarifaço se reúne com deputados e senadores nos EUA nesta terça

prefeita loa 2025 procuradores procuradoria fundo

Com receita de R$ 6,6 bilhões, prefeitura de Campo Grande aprova LDO de 2026

Últimas Notícias

Trânsito

Técnica de enfermagem morre em acidente na BR-060 em Sidrolândia

Vítima era passageira de veículo carregado com cigarros contrabandeados. Motorista foi preso

Cotidiano

Imigrante da Bolívia recebe cartão do SUS para atendimento eletivo em Corumbá

Direito foi concedido com auxílio da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul

Brasil

CNH sem autoescola? Governo estuda acabar com exigência de aulas para carteira de habilitação

Alto valor e demora para tirar CNH são fatores que motivam mudanças do governo

Transparência

Diretora de regulação da Agems é reconduzida ao cargo para mais quatro anos

Caroline Farias Tomanquevez ocupou o cargo na Agência pela primeira vez em 2023