O Governo Federal reduziu as alíquotas do imposto de importação sobre alimentos em 10%, em produtos como arroz, feijão e carne na semana passada. Em Campo Grande, o consumidor final ainda não sentiu o efeito dessa medida e como projetado pela Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), esse impacto só deve ser sentido a partir de julho e com uma pequena redução nos preços em Mato Grosso do Sul.
A equipe do Jornal Midiamax esteve na saída de um supermercado no bairro Silvia Regina, para captar a perspectiva dos consumidores. Para a acadêmica de nutrição Edileusa Costa, de 29 anos, a situação não é muito diferente do que nas semanas anteriores, mesmo com a redução no imposto.
“Estou no mercado quase toda semana. Faço uma pesquisa de preços em 4 supermercados da região antes de comprar, para equilibrar os gastos. No geral, os preços não diminuíram e até aumentou mais, está bem complicado. O que eu vi mais em conta foi a linguiça e o frango, cerca de R$ 2,00 mais barato e mesmo assim não é uma grande diferença”, disse ela.
![Mercado, redução de preços](https://midiamax.uol.com.br/wp-content/uploads/2022/06/WhatsApp-Image-2022-06-02-at-17.16.21-1-1024x472.jpeg)
Parte da concepção de Edileusa também é compartilhada pela dona de casa Wanderleia Pereira Dias, de 39 anos. “Fiz compra no mês passado e hoje [1º de junho] não vi diferença nos preços. Para falar a verdade o leite até subiu”, explicou.
Para o investidor Marcillio Queiroz, de 59 anos, a situação é compressível pela curta janela de tempo. “Não senti diferença, mas reduziram o imposto para a importação de alimentos. Não deu nem tempo desse alimento [com menos imposto] chegar. Acredito que isso facilita para quem importa, o dinheiro vai ficar no caixa de quem importa. Abaixar [o preço] não abaixa, essa medida é para não aumentar mais”, pontuou.
Redução dos impostos deve vir em julho
O presidente da Amas, Denyson Prado, explicou a relação dos preços e a sensação de aumento entre os consumidores. “Pelo que foi anunciado pelo Governo federal, foi zerado o imposto de importação de alguns produtos, para tentar controlar um pouco a inflação. Porém, até o momento os preços não baixaram e estão se mantendo estáveis. Muitos fornecedores até aumentaram suas tabelas no mês de maio, por conta do aumento do Diesel, que impacta diretamente no frete”, disse ele.
![Mercado, redução de preços](https://midiamax.uol.com.br/wp-content/uploads/2022/06/WhatsApp-Image-2022-06-02-at-17.16.20-1024x472.jpeg)
O representante da Amas explica a medida não terá um efeito imediato, mas deve sentir um diferença a partir de julho. “Por enquanto o consumidor não sentirá essa mudança em seu bolso. Pode ser que a partir de julho, alguns itens da cesta básica tenha uma pequena redução nos preços. Segundo alguns fornecedores, até julho deve ter uma pequena redução nos preços, onde o supermercado somente repassará para o consumidor, essa diferença para baixo. Com a @ do boi baixando forte nesse fim do mês de maio, já tivemos uma queda nos preços da carne em torno de 10%, essa diferença já é visível aos consumidores”, detalhou
Para os supermercados em geral, o retorno deve vir com o aumento nas vendas. “O maior benefício que os supermercados podem ter é recuperar a quantidade vendida de produtos, que nesta pandemia caiu bastante, com a inflação acumulada nesses 2 anos. Se realmente chegar essa redução nos preços das comodities em breve, o setor ganha e o cliente também, pois conseguirá encher mais seu carrinho nas próximas compras”, concluiu Denyson Prado.