O Governo Federal reduziu as alíquotas do imposto de importação sobre alimentos em 10%, em produtos como arroz, feijão e carne na semana passada. Em Campo Grande, o consumidor final ainda não sentiu o efeito dessa medida e como projetado pela Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), esse impacto só deve ser sentido a partir de julho e com uma pequena redução nos preços em Mato Grosso do Sul.

A equipe do Jornal Midiamax esteve na saída de um supermercado no bairro Silvia Regina, para captar a perspectiva dos consumidores. Para a acadêmica de nutrição Edileusa Costa, de 29 anos, a situação não é muito diferente do que nas semanas anteriores, mesmo com a redução no imposto.

“Estou no mercado quase toda semana. Faço uma pesquisa de preços em 4 supermercados da região antes de comprar, para equilibrar os gastos. No geral, os preços não diminuíram e até aumentou mais, está bem complicado. O que eu vi mais em conta foi a linguiça e o frango, cerca de R$ 2,00 mais barato e mesmo assim não é uma grande diferença”, disse ela.

Mercado, redução de preços
Pequena redução nos preços deve acontecer em julho (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

Parte da concepção de Edileusa também é compartilhada pela dona de casa Wanderleia Pereira Dias, de 39 anos. “Fiz compra no mês passado e hoje [1º de junho] não vi diferença nos preços. Para falar a verdade o leite até subiu”, explicou.  

Para o investidor Marcillio Queiroz, de 59 anos, a situação é compressível pela curta janela de tempo. “Não senti diferença, mas reduziram o imposto para a importação de alimentos. Não deu nem tempo desse alimento [com menos imposto] chegar. Acredito que isso facilita para quem importa, o dinheiro vai ficar no caixa de quem importa. Abaixar [o preço] não abaixa, essa medida é para não aumentar mais”, pontuou.

Redução dos impostos deve vir em julho

O presidente da Amas, Denyson Prado, explicou a relação dos preços e a sensação de aumento entre os consumidores. “Pelo que foi anunciado pelo Governo federal, foi zerado o imposto de importação de alguns produtos, para tentar controlar um pouco a inflação. Porém, até o momento os preços não baixaram e estão se mantendo estáveis. Muitos fornecedores até aumentaram suas tabelas no mês de maio, por conta do aumento do Diesel, que impacta diretamente no frete”, disse ele.

Mercado, redução de preços
Consumidores devem conseguir encher mais o carrinho nas próximas compras (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

O representante da Amas explica a medida não terá um efeito imediato, mas deve sentir um diferença a partir de julho. “Por enquanto o consumidor não sentirá essa mudança em seu bolso. Pode ser que a partir de julho, alguns itens da cesta básica tenha uma pequena redução nos preços. Segundo alguns fornecedores, até julho deve ter uma pequena redução nos preços, onde o supermercado somente repassará para o consumidor, essa diferença para baixo. Com a @ do boi baixando forte nesse fim do mês de maio, já tivemos uma queda nos preços da carne em torno de 10%, essa diferença já é visível aos consumidores”, detalhou 

Para os supermercados em geral, o retorno deve vir com o aumento nas vendas. “O maior benefício que os supermercados podem ter é recuperar a quantidade vendida de produtos, que nesta pandemia caiu bastante, com a inflação acumulada nesses 2 anos. Se realmente chegar essa redução nos preços das comodities em breve, o setor ganha e o cliente também, pois conseguirá encher mais seu carrinho nas próximas compras”, concluiu Denyson Prado.