Após o (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) dos combustíveis chegar a 30% em Mato Grosso do Sul, motoristas campo-grandenses reclamam do feito pelo governador (PSDB). O Estado está entre um dos três com impostos mais caros do país, em relação à gasolina.

No dia 2 de fevereiro, o presidente do Brasil Jair Bolsonaro, propôs aos governadores que os impostos estaduais se estabilizassem para que houvesse redução no valor comercializado para a população. “Os governadores cobram, em média, 30% de ICMS sobre o valor médio cobrado nas bombas dos postos e atualizam apenas de 15 em 15 dias, prejudicando o consumidor”, escreveu o presidente ao confrontar os governos estaduais.

Sobre o aumento recente do ICMS, o motorista de aplicativo, Almir Santana, 44, admite a insatisfação com o estado, que é conhecido por exportar . “Eu tenho amigo que é caminhoneiro, que transporta do estado para fora e o etanol que levam daqui é mais barato em outros estados”.

Com combustível mais caro, motoristas criticam decisão de Reinaldo sobre ICMS
Almir José se sente prejudicado em dobro com o valor dos combustíveis, pois seu veículo é sua forma de garantir a renda mensal. Foto: Marcos Ermínio.

Para o motorista, “o que bagunça e explora nosso orçamento de consumidor, aqui no estado, é nosso governo que deixa o ICMS tão caro. O Azambuja que faz isso aí e acaba sendo muita sacanagem com a população sul-mato-grossense”.

O frentista e também consumidor de combustíveis, Otávio Silva, 40, comenta que ouve reclamações diariamente sobre os aumentos da gasolina, mas também sente no bolso os aumentos. “Mesmo sendo funcionário, também sai caro para nós. Essa situação é uma roubalheira, porque só aumenta tudo, alimento, impostos e a gasolina”, diz em relação ao Governo do Estado.

Para a professora Ana Ricci, 49, o problema é em nível nacional e estadual. “Na verdade eu vejo uma insatisfação total, até as poucas pessoas que elegeram os dois [Jair Bolsonaro e Reinaldo Azambuja] estão se decepcionando”, comenta descrente com os políticos brasileiros. “Mas eu acredito mesmo é que o governo estadual não se importa nem um pouco com nossos problemas”.

Assim como para maior parte dos motoristas campo-grandenses, a secretária Jose Rodrigues, 37, separa parte da renda para o combustível. “É uma dependência do meu meio de transporte para o trabalho, e tudo na minha vida”.

A secretária acredita que o aumento do ICMS dos combustíveis prejudica diretamente a população. Para ela, a situação só vai melhorar com mudanças no governo. “Só depois que o Reinaldo sair, porque ele não tem expectativa nenhuma de diminuir nada. Enquanto ele puder aumentar as coisas, ele vai aumentando”, comenta revoltada.

O Jornal Midiamax foi às ruas para ouvir os consumidores campo-grandenses, confira o vídeo com a opinião dos condutores: