Empresariado aponta surpresa com aumento na cobrança

Uma publicação do Governo Federal anunciada nesta sexta-feira (27) pegou de surpresa lojistas e comerciantes de todo o País. A determinação prevê a redução da desoneração da folha de pagamentos das empresas, sancionada no ano de 2011.

O objetivo, de acordo com o texto, é reduzir os gastos com a mão de obra, e como consequência promover o estímulo da economia. No novo modelo, quem pagava alíquota de 1% de contribuição previdenciária sobre a receita brita, passará a pagar 2,5%. Quem tinha alíquota de 2% pagará 4,5%.

Para o Presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Logistas), Hermans Renan Rodrigues, a notícia foi recebida com surpresa e pode não ser bem aceita pelo empresariado. “Essa medida não traz benefícios pra todos e, embora ainda não exista nenhum movimento contrário da classe, essa não é uma hipótese descartada”, comentou.

O presidente lembra ainda dos impactos financeiros que a medida vai gerar no bolso dos comerciantes, que agora, terão um aumento de 150% no imposto a ser repassado para o governo.

Entenda

Anteriormente, a tarifação cobrada pelo governo era de 12% em cima da folha de pagamento. Após a medida de incentivo sancionada em 2011, empresários passaram a repassar ao governo 1% do faturamento total das empresas. Agora, o aumento será de 1,5% para quem anteriormente pagava 1% e 2,5% para quem pagava 2% com o incentivo. 

A medida foi divulgada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (27).