Consumidores aproveitam final de semana para “limpar o nome” na praça

A Campanha Nome Limpo prossegue neste sábado (9) na Praça Ary Coelho. A procura é grande, os consumidores recebem informações e muitos conseguem renegociar suas dívidas ali mesmo, na hora. Gerente comercial da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), Taís de Luca explicou que mais de 150 empresas participam da renegociação. Somente no […]

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A Campanha Nome Limpo prossegue neste sábado (9) na Praça Ary Coelho. A procura é grande, os consumidores recebem informações e muitos conseguem renegociar suas dívidas ali mesmo, na hora.

Gerente comercial da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), Taís de Luca explicou que mais de 150 empresas participam da renegociação. Somente no primeiro dia, mais de 1.200 pessoas foram atendidas na Praça Ary Coelho. “É o dobro do atendimento diário no SPC [Serviço de Proteção ao Crédito]”, afirmou Taís.

Este é o último dia de atendimento na Praça Ary Coelho, mas a campanha continua até 6 de dezembro.

A cuidadora de idosos Ana Cláudia Pinto, de 37 anos, foi renegociar uma dívida de R$ 580 com um banco. Ela conseguiu consultar o débito, mas foi informada de que a renegociação só poderia ser feita diretamente na agência bancária. “Não consegui renegociar, mas já ajudou porque eu já sei quanto devo e recebi orientação do que devo fazer”, disse.

O porteiro Daniel Alexandre de Luna esperava uma renegociação melhor. Ele conseguiu a amortização dos juros sobre a última prestação de uma compra nas Casas Bahia, mas queria ainda mais um desconto. Um carnê de R$ 95,18 venceu no dia 17 de junho e nunca foi pago.

“Com os juros, acho que eu pagaria R$ 130 ou R$ 140. A renegociação facilitou, mas eu esperava mais. Eu vou pagar, mas não hoje. Vou ter que esperar mais. Tenho que contentar todos os santos. Não é só o santo da Bahia que eu tenho que pagar. Tem o santo A, o B e o C”, declarou.

Já a aposentada Eliza Lopes, de 50 anos, espera na fila para renegociar uma dívida de R$ 50 com as Casas Bahia por conta da compra de um ventilador. Ela teve uma queda no rendimento familiar e encontrou dificuldade para pagar a prestação.

Levantamento realizado pela ACICG, com base nos registros do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) revela que 6,36% dos consumidores estão inadimplentes. O principal motivo da inadimplência é o desemprego (69%), seguido da causa doença em família (11%).

No universo de inadimplentes pesquisados, 68% ganham salário de até R$ 678, seguido de consumidores com renda de R$ 679 a R$ 1.358.

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