Procon alerta sobre cuidados na escolha de brinquedos
A pirataria também preocupa os fabricantes de brinquedos no país
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A pirataria também preocupa os fabricantes de brinquedos no país
Os consumidores que deixaram para a última hora a compra de brinquedos para o Dia da Criança não devem se esquecer de tomar alguns cuidados ao escolher os produtos, como destacou a diretora de Estudos e Pesquisas da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo, Valéria Rodrigues Garcia.
A diretora lembra que muita gente, quando vai às compras com pressa, deixa de comparar os preços. “E sempre há bastante diferença.” Segundo pesquisa do Procon-SP, a diferença de preços dos brinquedos vendidos na capital do estado chega a 140,13%.
Além de ficar atento aos preços, há também outras orientações importantes para os consumidores, disse Valéria Garcia. Na embalagem do produto é preciso verificar a faixa etária a que se destina o brinquedo, a identificação do fabricante, as instruções de uso e de montagem e a existência do selo de segurança do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O selo indica que o produto foi fabricado e comercializado de acordo com as normas técnicas em vigor no país. Os produtos importados devem apresentar as mesmas informações exigidas para os nacionais, em língua portuguesa.
No site Inmetro é possível conferir cartilha sobre os cuidados na hora de comprar brinquedos, além de informações sobre o risco dos produtos falsificados.
Outra orientação da diretora do Procon-SP é que os consumidores não comprem produtos de vendedores ambulantes, porque se o brinquedo apresentar algum problema não haverá direito de troca, nem será possível fazer reclamação em órgãos de defesa do consumidor.
A pirataria também preocupa os fabricantes de brinquedos no país. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa, há falsificação de todas as marcas, tanto nacionais quanto importadas, “causando danos comerciais e oprimindo a indústria nacional.” Outro problema apontado pelo setor é o contrabando, que responde por mais de 10% do mercado, segundo a Abrinq.
De acordo com Valéria Garcia, não existe no Procon-SP uma lista com os brinquedos que tiveram mais reclamações dos consumidores, mas há crescimento do número de produtos que passam por recall (chamamento ou aviso de risco, previsto em lei, adotado pelos fornecedores para chamar de volta os consumidores em razão de defeitos no produtos, evitando, assim, a ocorrência de acidentes). “Os fabricantes estão mais conscientes e trocam o produto ou devolvem o dinheiro.”
Em São Paulo, lembra a diretora, há ainda um outro instrumento que ajuda na hora das compras. É uma lei estadual que obriga os comerciantes a deixarem um exemplar dos produtos aberto para que os consumidores possam analisar e verificar se há algum problema ou risco para a criança.
A diretora do Procon também disse que ir às compras com a criança pode ser uma boa oportunidade para educar os pequenos sobre o consumo consciente. “É possível oferecer opções às crianças”, disse.
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