Demanda do consumidor por crédito cai 10,7% em setembro, aponta Serasa

A demanda do consumidor por crédito caiu 10,7% em setembro na comparação com agosto, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (10) pela empresa de consultoria Serasa Experian. Na comparação com setembro de 2010, a procura do consumidor por crédito aumentou apenas 1,6%. No acumulado do ano, foi registrado crescimento de 11,8% em relação ao mesmo período […]

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A demanda do consumidor por crédito caiu 10,7% em setembro na comparação com agosto, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (10) pela empresa de consultoria Serasa Experian. Na comparação com setembro de 2010, a procura do consumidor por crédito aumentou apenas 1,6%. No acumulado do ano, foi registrado crescimento de 11,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
 
Segundo os economistas da Serasa, o agravamento da crise financeira internacional e o alerta do governo de que o Brasil não está imune ao quadro externo reduziram o interesse dos brasileiros por crédito. Além disso, a menor quantidade de dias úteis no mês de setembro também contribuiu para a retração.
 
A queda na demanda no mês passado ocorreu em todas as faixas de rendimento, porém, entre os consumidores de menor renda, o recuo foi maior. Entre os que ganham até R$ 500 por mês, a queda foi de 12,7%. Já entre as pessoas que ganham acima de R$ 10 mil por mês a variação negativa foi de 7,2%. Para os economistas, esse comportamento é natural porque, quanto menor é a renda, menor é a probabilidade de existência de reservas financeiras para enfrentar períodos de turbulências. Assim, os consumidores menos favorecidos tendem a se retrair mais intensamente em termos de busca por crédito.
 
Apesar de terem registrado o maior recuo em setembro, no acumulado dos primeiros nove meses do ano, os consumidores que ganham até R$ 500 por mês ainda lideram a busca por crédito. A expansão registrada nessa faixa de renda chegou a 26,5% ante o mesmo período de 2010. Em segundo lugar, aparecem os consumidores que ganham entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por mês, com alta de 15,5%. Já o menor ritmo de crescimento acumulado foi registrado entre os que ganham entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, com alta de apenas 6,7%. (Edição: Lílian Beraldo)

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