A greve dos auditores fiscais da Receita Federal completa 112 dias nesta terça-feira (18), com impactos em diversas áreas, incluindo o funcionamento das aduanas. Em Mato Grosso do Sul, a operação padrão nas unidades de Ponta Porã e Mundo Novo tem causado atrasos no desembaraço aduaneiro.
Nas operações-padrão, a fiscalização é mais rigorosa, resultando em maior tempo de espera para quem busca entrar no Brasil com mercadorias. A medida afeta todos os processos de fiscalização, incluindo o gerenciamento de risco, o desembaraço de cargas, a vigilância e a repressão.
Segundo o Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais), a greve exige a retomada das negociações salariais, visando corrigir as perdas inflacionárias acumuladas nos últimos 10 anos. No entanto, a greve não tem previsão para terminar, pois o Governo Federal ainda não apresentou nenhuma proposta para a categoria.
A greve, que começou em dezembro do ano passado, é descrita pelo sindicato como uma “operação padrão nas unidades aduaneiras”, impactando principalmente Ponta Porã e Mundo Novo. Os auditores solicitam um reajuste salarial devido à defasagem de sua remuneração desde 2016.
Durante o período de paralisação, a fiscalização aduaneira tende a ser mais detalhada, com inspeções mais rigorosas, o que pode gerar atrasos na liberação de cargas. O sindicato destaca que o trabalho dos auditores é essencial para a arrecadação de impostos, o combate ao contrabando, o descaminho e o tráfico de drogas, mas que a categoria não foi contemplada com os reajustes oferecidos a outras carreiras do funcionalismo público.