Em uma demonstração de fé e devoção, fiéis de diferentes paróquias se reúnem desde as primeiras horas desta quinta-feira (19), para a confecção dos tradicionais tapetes de Corpus Christi no Centro de Campo Grande. A data, que celebra o corpo de Cristo, ocorre 60 dias após a Páscoa.
Para muitos, a preparação começou ainda na madrugada, com grupos de jovens e integrantes das paróquias dedicando tempo e energia à montagem dos tapetes que celebram a presença de Jesus na Eucaristia.
“Recém-chegamos de um acampamento cristão, mas já estamos aqui”, contou Janaína Aparecida, de 38 anos, que acompanhava um grupo de jovens voluntários. “Eles estão fervorosos para organizar”, enfatizou.
Entre os participantes, muitos nem chegaram a dormir. É o caso de Abel, de 17 anos, que integra um grupo com mais de 160 pessoas da Paróquia São José.
“Viramos a noite. Dormi só 20 minutos. Deitei às 4h30, e o alarme logo tocou. A gente se organizou em escalas durante o dia, então, se tudo correr bem, terminamos antes do almoço e depois irei descansar”, relatou.
Tradição carregada de significados

Os tapetes são confeccionados com serragem colorida, farinha, sal, flores e outros materiais que formam imagens religiosas, símbolos cristãos e mensagens de fé. Para João Gabriel, 20 anos, o esforço é um ato de gratidão.
“O maior significado da data é o amor de Deus. Porque, antes de sermos qualquer coisa, Ele nos escolheu. Acordar às 5h30 em pleno feriado não é para qualquer um, tem que estar comprometido. É muito amor para retribuir tudo o que Ele nos entregou.”
Da Paróquia Santo Afonso, Thieza Nascimento, de 36 anos, participava ao lado das duas filhas e de mais de 150 membros da comunidade. Para ela, a tradição reforça o papel da juventude na fé.
“Nossa paróquia valoriza muito a infância e a juventude, é uma semente plantada desde o começo. Estou aqui há dois anos e vejo como um momento de unidade, independente da religião. Além disso, celebrar Corpus Christi é afirmar que Jesus está vivo entre nós.”
A confecção dos tapetes de Corpus Christi é uma tradição da Igreja Católica que remonta ao século XIII, como forma de homenagear o corpo e sangue de Cristo. Em Campo Grande, todos os anos os tapetes colorem as principais ruas do centro da cidade.
Para garantir a segurança e a organização do evento, diversas vias da região central foram interditadas desde a madrugada pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Estão fechados trechos da Avenida Afonso Pena e ruas como Padre João Crippa, Pedro Celestino, Rui Barbosa, Treze de Maio, Quinze de Novembro, Sete de Setembro, 26 de Agosto e Avenida Fernando Corrêa da Costa.
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