Nesta quinta-feira (19), o Centro de Campo Grande se transformou em um verdadeiro mosaico de fé, cor e união. A tradicional confecção dos tapetes de Corpus Christi começou ainda de madrugada e mobilizou dezenas de comunidades católicas, que se revezam na preparação dos desenhos que ornamentam as ruas por onde passará o Santíssimo Sacramento. Além da dedicação nos tapetes, outro aspecto chama atenção: o cuidado com o alimento partilhado.
Pontos de apoio foram montados pelas próprias paróquias, com bolos, pães, café, chá e até cachorro-quente, garantindo que todos os voluntários enfrentassem a longa manhã de trabalho com energia e acolhimento.
Na Paróquia Santo Afonso de Ligório, do Bairro Tiradentes, o dia começou com oração, bênção do padre e muita partilha.

“Essa data é muito importante para nós católicos, e a mobilização mostra a nossa fé em Jesus. Preparamos tudo ontem, cada um trouxe um lanche partilhado. O padre veio, deu a bênção, e cada um começou a confecção dos tapetes. É tudo feito com carinho e devoção”, contou Márcia Ferreira, 42 anos, ministra da Eucaristia da paróquia.
A Paróquia Maria Medianeira das Graças, da região do Coophavila II, chegou cedo ao ponto de montagem.
“Chegamos às 5h40. O lanche, dessa vez, foi preparado pela Legião de Maria, que, mesmo sem poder participar fisicamente hoje, fez questão de doar. Estamos em mais de 50 pessoas e todos ficaram surpresos com a estrutura. É um gesto de amor e unidade”, destacou Andréia Morais, 37 anos, coordenadora de comunidade.
Entre os voluntários, estava também José Carlos da Silva, 34 anos, vendedor interno e agente da Pastoral do Dízimo na mesma paróquia.
“Para mim, é uma grande alegria contemplar o nosso Senhor. Aqui a gente trabalha de modo manual, mas também espiritual. É o nosso coração que se prepara para que Ele permaneça em nossa vida.”
Na quadra entre a Rua Treze de Maio e a Rua Rui Barbosa, quem marca presença com força total é a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, do Bairro Santo Antônio. As sete comunidades que compõem a paróquia se uniram na montagem dos tapetes e na oferta do café comunitário.

“Tem que louvar a Deus e também alimentar o corpo físico. Trouxemos lanche partilhado, o cardápio é cachorro-quente, bolo, café e chá. Estamos todas as sete comunidades aqui”, afirmou Orando Mishima, 66 anos, servidor público aposentado e membro da Liturgia.
O evento é coordenado pela Arquidiocese de Campo Grande, que uniu as 53 paróquias da cidade para confeccionar um imenso tapete de fé, tradição e missão. Segundo o padre Bruno Rosa, coordenador arquidiocesano de pastoral, a celebração é um reflexo da comunhão da Igreja.
“É uma alegria ver esse povo tudo reunido, e o empenho deles para esse dia tão importante. É uma demonstração visível da fé e da unidade da nossa Igreja”, afirmou o sacerdote.
A confecção dos tapetes deve seguir até o fim da manhã. À tarde, haverá a Santa Missa e a tradicional procissão com o Santíssimo Sacramento, reunindo milhares de fiéis no Centro da Capital. Um dia de fé vivida nas ruas — com mãos que oram, corações que servem e comunidades que acolhem.
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