Em meio às discussões sobre mudanças climáticas, servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) protestam por mais valorização. Os pedidos de reajuste e estruturação da carreira acontecem enquanto vivenciamos fenômenos extremos.

Neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, servidores do Ibama de Mato Grosso do Sul paralisaram as atividades e não estão atendendo ao público. Em Mato Grosso do Sul, são cerca 60 servidores nas unidades do Ibama, sendo 40 em Campo Grande e 20 em Corumbá e Dourados.

A superintendente do Ibama em MS, Joanice Luba Battalani, afirma que a categoria acumula perdas salariais de 15%, mas não é só isso. Mais do que nunca, a preservação ambiental se faz necessária e o reconhecimento não chega aos servidores.

“A data foi escolhida a dedo, pois nunca se falou tanto sobre Meio Ambiente como agora e apesar de estarem na linha de frente, não tem reconhecimento. Faltam entre 20 e 30 servidores, além de um plano de cargos e carreira”, explica Joanice.

Ainda de acordo com ela, a categoria tem direito a uma gratificação por atuar na fronteira, mas apenas em Corumbá recebe e para isso, precisa provar que teve atuação na fronteira. Eles ainda pedem a criação da carreira de especialista em meio ambiente, sendo que atualmente tem apenas auditores fiscais do Ibama e ICMBio.

“As reivindicações são pedidas desde janeiro, mas hoje foi escolhido. Ministério e sindicato estão dialogando com o governo federal e destacamos que isso só é possível porque o governo é democrático”.