O ano começou com a Feira se fortalecendo em região ‘esquecida' de , mas estratégica. Localizada na orla ao lado da Morada dos Baís, no centro, a feira quer atrair e reavivar a região com gastronomia, artesanato e moda sustentável. A exposição está em sua 3ª edição, e é realizada todos os sábados, das 9h às 17h.

A idealizadora do movimento, Ivanilde Lopes do Prado, conta que o projeto está ressignificando o local, que ao passar do tempo deixou de ser frequentado e tem sido ocupado por pessoas em situação de rua. “Vamos dar vida para isso aqui, além de tirar as pessoas dessa situação, nosso objetivo é trazer as pessoas que estão desempregadas, aposentadas para melhorar a renda, porque com o da aposentadoria mal dá para pagar os remédios”, destaca.

Ivanilde conta que, junto dos primeiros feirantes, tem sido insistente para estabilizar a feira, que começou há um mês e ainda precisa chegar até a Avenida Mato Grosso. “Nós expandimos os seguimentos e quem tiver interesse pode montar banca de várias áreas diferentes aqui, mas as pessoas continuam receosas para ver se realmente vai dar certo”, avalia.

 Ivanilde conta, ainda, que a ideia surgiu após ver tantas feiras encantadoras espalhadas pelo País. Foi ai que, então, decidiu que lutaria para montar uma na cidade onde vive, a Capital Sul-Mato-Grossense.

“Campo Grande tem várias feiras, mas não tem assim, em lugares históricos. Se você for em Caruaru, você fica apaixonada pelo tamanho da feira de lá. Que nós não temos nenhuma feira em Campo Grande do tamanho daquela. E aquilo é assim, lotado. Se você for em Fortaleza, imensa, se você vai aqui no Sul, em Floripa, coisa mais linda a feira, é linda, vai em Dourados, tem uma feira imensa”, exemplificou.

 Feirante há um ano, Lazara Antônia Casal faz biscoitos personalizados à mão. Apesar de ser aposentada, a confecção ajuda a incorporar a renda e faz um bom salário. “Eu participo de várias feiras na cidade, é um complemento para mim, mas assim, você entra e depois você quer entrar, entrar e se empolga”, detalha ela.

“Mas pretendo permanecer nessa feira que é um monumento histórico da cidade e precisamos tirar essa impressão de abandono”, afirma. “Aqui a gente tem tudo, a gente tem pastel, a gente tem espetinho, a gente tem os biscoitos, doces, geladão, tudo, praticamente tudo que a gente tem vontade de comer”, enumera.

Proprietária de uma barraca de artesanatos, Nádia conta que a feira é uma opção para divulgar o trabalho e atrair quem gosta dos produtos. “É bom para ajudar tanto a gente a aparecer um pouco mais, tanto as outras pessoas que, tipo, não sabem nem como que é uma feira de artesanato, ou até mesmo, que nem aqui, tem muitas variedades, tem tapetes, tem alimentação, tem muita coisa.

Como participar

A organizadora da feira, conta que na primeira edição, mais de R$ 50 mil foram contabilizados. Para fazer parte, o feirante precisa pagar uma taxa de R$ 30 por dia. Interessados podem entrar em contato com as organizadoras através do (67) 992-7021-11 com Ivanilde, ou pelo (67) 992-21-5786 com Adriana, uma das administradoras.