Neste sábado (6), está sendo realizada, na Avenida Noroeste, em frente à Morada dos Bais, em , a segunda edição da ‘Feira Explosão'. Cerca de 30 artesãos ficam ali, próximo ao cruzamento com a Afonso Pena, até às 20h de hoje.

De acordo com a organizadora, Ivanilde Prado, entre os objetivos da Feira está o de trazer uma ‘nova cara' para as imediações. “Pretendemos trazer novo ambiente pra este lugar, nova vida. Vândalos e usuários de drogas estão destruindo aqui, que é um local histórico, e passou até ser conhecido como ‘espaço de Gaza'. Queremos que aqui se torne um ponto turístico também”, comentou Ivanilde. No local, os campo-grandenses podem encontrar muito artesanato, gastronomia, moda sustentável e o espaço kids (que deve ser montado ao longo deste sábado).

Ivanilde Prado, organizadora da Feira Explosão. (Foto: Alicce Rodrigues, Midiamax)

José Américo Garcia, popularmente conhecido pelo sobrenome ‘Garcia', faz produção 100% artesanal. Faz deliciosos doces, como de goiaba, laranja, mamão, leite e muito mais. E ainda produz geleias e pimentas também.

Ele sofreu um acidente de moto, em 2011, tem prótese na perna e este trabalho passou a ser mais importante ainda pra ele, que vende os produtos em diferentes feiras da capital. “Aqui neste lugar também é mais uma boa oportunidade pra divulgar nosso trabalho. O espaço precisa ser mais conhecido, acredito que daqui a uns três meses, muita gente já estará vindo conhecer nossos produtos”.

Garcia começou a produzir os doces aos 10 anos de , hoje tem 61. Ele conta que foi um dos fundados da Feira Central, quando ainda funcionava na Avenida Mato Grosso, onde hoje é a Igreja Universal. “Juntamente com meu pai, fui um dos fundadores da Feira Central”.

‘Garcia', um dos artesãos mais tradicionais da capital. (Foto: Alicce Rodrigues, Midiamax)

Yole Pelizaro, de 67 anos, também começou fazer tricô desde criança, mas somente a partir dos 20 anos de idade passou a se dedicar mais para vender os itens. “Além de ajudar na renda, é um passatempo, muito gostoso fazer o que a gente gosta, que é o artesanato”, afirmou Yole.

Elas faz lindas peças, como macramê (com barbante, usado como tipo de suportes para flores), o amigurumi, os bonecos de tricô e crochê em forma de bichinho de pelúcia. E ela lembra que isso ‘tá na moda hoje' junto com várias outras peças de crochê, como tapetes e roupas. Yole morava em Birigui, interior paulista e, na época da pandemia, veio para Campo Grande morar com o filho e ficou por aqui.

“Também levo meus produtos nas Praças da Bolívia, do Peixe e Bosque dos Ipês. Produzir com as mãos e depois vender, é uma terapia pra mim, pois meu filho vai trabalhar e fico em casa sozinha, resumiu Yole”.

Yole Pelizaro, artesã. (Foto: Alicce Rodrigues, Midiamax)

Novos expositores

A Feira Explosão, atualmente, está sendo realizada a cada duas semanas, mas a intenção dos participantes é que ela aconteça todos os sábados. “Por enquanto, estamos neste espaço aqui, mas pretendemos contar com mais artesãos e chegar até à rua Marechal Rondon”, falou Ivanilde.

A organizadora lembrou que a Feira está aberta para novos artesãos. Mas ressaltou que a intenção é priorizar algumas pessoas, que enfrentam dificuldades financeiras. “Nossa prioridade é chamar quem fechou empresas durante a pandemia, aposentados com dificuldades de se manter apenas com o benefício, pessoas com deficiência, idosos que não conseguem mais trabalho, como no comércio, por exemplo”.

Os interessados que se enquadram nas citações acima, podem entrar em contato com a organizadora Ivanilde, no fone: 9 9270 2111.