Em meio à polêmica com tritrens em MS, Suzano leva 72 mil toneladas no maior navio de celulose do planeta

A passagem de tritrens abarrotados de eucalipto, na Estrada-Parque Piraputanga, criada com cunho turístico e para ser a “porta de entrada” para o Pantanal sul-mato-grossense, é o que preocupa ambientalistas no momento, ainda mais pelo tempo estipulado de exploração: três anos. No entanto, com licenças em mãos, a empresa Suzano continua diariamente passando com os veículos pesados na região. E, em meio à polêmica, também conseguiu novo feito, transportar 72 mil toneladas no maior navio de celulose do planeta.

Ou seja, enquanto por um lado a gigante da celulose enfrenta resistência da comunidade local, que denunciou a escolha de trecho de 11 km, da MS-450, para “economizar tempo”, por outro lado, a Suzano concluiu a viagem histórica à China a partir do Porto de Santos (SP).

De nome “Green Santos”, o maior navio de celulose do mundo partiu no dia 4 de março e chegou ao destino no dia 9 de abril.

Assim, a iniciativa responde ao aumento da exportação de celulose, principalmente impulsionada pela nova fábrica em Ribas do Rio Pardo, a 97 km da capital sul-mato-grossense e tendo o porto de Santos como principal ponto de partida para esta logística.

Atualmente, a celulose representa cerca de 2,8% do total das exportações brasileiras e a China desponta como um dos principais importadores da celulose brasileira, aproximadamente 30% do total exportado. O interesse é pelo fato do Brasil possuir vastas áreas de florestas plantadas, especialmente de eucalipto, fornecendo assim a matéria-prima para produção de celulose.

Neste contexto, ainda está a busca e crescente preocupação por sustentabilidade e materiais renováveis, sendo a celulose responsável pela fabricação de diversos produtos, entre eles o papel, embalagens, produtos químicos e têxteis.