O setor de limpeza e higienização é disparado um dos segmentos que mais crescem em todo o país, principalmente após a pandemia da Covid-19, em 2020. É, também, o nome chique para faxina, a prática de limpeza domiciliar que, no Brasil, é culturalmente um serviço terceirizado.

Campo Grande acompanha o cenário de crescimento nacional. Por aqui, desde trabalhadoras autônomas a agências de diaristas estão entre as opções para executar os serviços. As faxinas custam a partir de R$ 150, mas podem ultrapassar R$ 300, a depender do tamanho da casa, horas de trabalho contratadas e “estado” do local a ser limpo.

O preço final, portanto, depende do cumprimento de algumas regras entre o contratante e o contratado para não haver divergências ou maiores transtornos. Para quem executa a limpeza, uma coisa é certa: combinado não sai caro!

Diversidade de serviços, diversidade de preços

Localizada em Campo Grande, a empresa ‘Agiliza Limpeza e Diária’ já atua há 3 anos. Lá, sete serviços são oferecidos: limpeza residencial, comercial, higienização de sofá ou carpete, limpeza de vidros e box, pré-mudança e recrutamento para doméstica. A empresa, que começou com poucos profissionais, hoje já conta com 14 colaboradores.

Regina Souza, proprietária da empresa, detalha que o importante, neste segmento, é buscar o equilíbrio entre serviço oferecido e cliente. E isso só é feito com muito diálogo. No momento em que o cliente vai fechar um dos serviços, quanto mais informações ele fornecer, melhor será estipulado o tempo necessário de diária, permitindo que o profissional vá ciente das possibilidades de trabalho.

“Quando o cliente entra em contato querendo contratar, a gente já explica que dentro das horas contratadas só não entra lavar, passar e cozinhar. Mas, se a profissional concluiu todo o trabalho dentro da hora contratada e ainda sobrou um tempinho, nós conversamos com o cliente sobre o que podemos fazer. O cliente já nos contrata ciente de que ele precisa pedir uma carga-horária que dê para realizar o serviço que ele precisa”, conta.

(Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Em média, as limpezas residenciais e comerciais custam de R$ 155 a R$ 215, dependendo se são duas, seis ou oito horas contratadas. Já outros serviços, como o de higienização, vão depender do grau de sujidade.

“A gente sempre conversa com o cliente para entender o que ele precisa. Tudo sempre vai depender do grau de limpeza e organização do lugar. Então, dentro das nossas diárias, o que não entra é lavagem de roupa, cozinhar, lavar e passar, com a possibilidade de um serviço extra caso haja tempo”, acrescenta.

O ‘extra’ também vale dinheiro

Rosângela Oliveira dos Santhos trabalha no ramo há 4 anos com diárias residenciais. Segundo ela, a média de seus serviços é de R$ 190 a R$ 250, variando com as horas de serviço. Ela explica que sempre que um cliente contrata seus serviços, toda a limpeza básica da casa está inclusa. Tudo o que é ‘extra’ no serviço pode ser feito, desde que acordado entre ambas as partes.

“Quando um cliente fecha comigo, a casa toda está inclusa, menos limpeza de armários, guarda-roupas e geladeira. Eu limpo o fogão, a louça do almoço, por exemplo, porque isso não me custa. Minhas clientes nem ficam me pedindo essas coisas porque já me conhecem e sabem que eu faço todo o serviço, às vezes, até o que não foi contratado”, afirma.

“Se elas quiserem que eu limpe o guarda-roupa, gavetas, armário ou por dentro da geladeira e dispensa, aí elas marcam outro dia comigo, porque o valor do serviço é outro”, acrescenta.

Relação de confiança

Para ela, o segredo de ser querida e indicada pelas clientes é bem simples: trabalho bem feito. Seu ‘jeitinho’ perfeccionista é o que faz os clientes sempre entrarem em contato para uma nova contratação.

“Minhas clientes falam que eu sou ligada nos 380, porque eu sou muito detalhista, não gosto de nada fora do lugar. Gosto de tudo arrumadinho e organizado, gosto de casa cheirosa. Então, não sei como eu cativo elas, só sei que elas gostam muito de mim”, pontua.

Mas, apesar do cenário promissor, a falta de valorização de algumas pessoas para com a profissão pesa. “Minhas diárias começam às 7h45/8h, então sempre saio de caso às 5h10/5h20 no máximo. Eu sou valorizada pelas minhas clientes pelo serviço que faço, mas gostaria que nossa profissão fosse mais valorizada, como qualquer outra é”, acrescenta.

(Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

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