Em 2023, quase 27 mil pessoas de foram atendidas pelas forças de segurança antes de chegar ao hospital. Os atendimentos incluem, por exemplo, acidentes de trânsito e pessoas que passam mal em casa ou nas ruas e são considerados essenciais para salvar vidas. Apesar de oscilar ano a ano, em uma década o número de atendimentos caiu pela metade em , mas aumentou 33% nas cidades do interior do Estado.

Os dados da (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) mostram 26,5 mil ocorrências atendidas em 2023, contra 27,2 mil realizadas em 2014. A variação é de apenas 2,5% nos últimos dez anos.

Nos anos de 2015, 2017 e 2018, as ocorrências de atendimento pré-hospitalar ultrapassaram a marca de 30 mil. O recorde da série histórica foi em 2017, com 32,4 mil ocorrências registradas no Mato Grosso do Sul.

A participação de Campo Grande nos dados caiu bruscamente em 10 anos, passando de 11,2 mil ocorrências em 2014 para 5,2 mil em 2023. A estatística é de redução de 53% no período.

Em contrapartida, as estatísticas de ocorrências no interior subiram 33%. Em 2014, foram registrados 16 mil atendimentos pré-hospitalares no interior do Estado, número que saltou para 21,3 mil em 2023.

Homens adultos são maioria entre as vítimas

Estatísticas dos últimos 10 anos traçam o perfil das vítimas que receberam atendimento pré-hospitalar em Mato Grosso do Sul. A maioria dos atendimentos foi prestada para homens adultos e no interior do Estado.

São mais de 300 mil vítimas atendidas em 10 anos, das quais, 171 mil homens e 130 mil mulheres. Foram 126 mil adultos atendidos, 78 mil jovens e 66,9 mil idosos.

A estatística ainda mostra 17 mil adolescentes e 12,9 mil crianças atendidas.

O que são os atendimentos pré-hospitalares

Considerado pelas forças de segurança de Mato Grosso do Sul como primordial para assegurar a vida de pessoas que tenham incidentes de saúde ou acidentes, o atendimento pré-hospitalar é parte importante da formação de militares.

A Polícia Civil de MS rotineiramente leciona para os policiais com todas as técnicas do ATLS (Suporte de Vida Avançado ao Trauma).

Conforme a corporação, o elevado índice de mortes por causas evitáveis comprovados em relatórios estatísticos de estudos científicos, sobretudo na campanha do Vietnã, mostrou a necessidade do desenvolvimento de protocolos de atendimento específicos que se enquadrassem às situações táticas enfrentadas nas ruas das cidades.

É neste contexto que surgiram estudos, estimulados pelas Forças Armadas norte-americanas, que conduziram ao desenvolvimento do protocolo Tactical Combat Casualty Care (TCCC).

Texto: Priscilla Peres/Jornal Midiamax