Com emergência em Campo Grande, MS tem 3 mortes por dia causadas por doenças respiratórias
Novo boletim revela que Mato Grosso do Sul teve aumento de 21 óbitos no intervalo de uma semana
Priscilla Peres –
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Mato Grosso do Sul chegou a 162 mortes por síndromes respiratórias em 2024, das quais 4 foram registradas apenas na última semana. Na prática, os números mostram média de três mortes por dia e as principais vítimas fatais são idosos acima dos 60 anos.
Dados do boletim epidemiológico de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), mostram ainda avanço de 385 novos casos de doenças respiratórias em uma semana. Mato Grosso do Sul tem 2.126 casos de SRAG registrados em 2024.
Na outra ponta, crianças de zero a 9 anos somam 976 dos casos de SRAG registrados este ano em Mato Grosso do Sul. Em relação às mortes, as doenças respiratórias fizeram 11 vítimas fatais de zero a 9 anos, este ano no Estado.
Sequenciamento mostra que Covid-19, Rinovírus e sincicial respiratório correspondem a quase 80% das síndromes respiratórias registradas este ano. Importante lembrar que todos os casos de SRAG são de pessoas que precisaram ser hospitalizadas devido às doenças respiratórias.
Mais de 100 casos de influenza
A influenza A segue sendo uma grande causadora de doenças respiratórias em Mato Grosso do Sul. Na última semana, salto de 54 para 159 o número de casos de SRAG confirmados para Influenza, resultando em seis novas mortes.
Crianças de zero a 9 anos são as principais vítimas da influenza em Mato Grosso do Sul, mas a doença só causou mortes até agora, em pessoas com mais de 30 anos. Os dados são do boletim epidemiológico de SRAG.
A vacinação contra a influenza, liberada para toda a população do país acima de seis meses de idade, é a principal forma de prevenir a doença.
Campo Grande em emergência de saúde
A prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergência em saúde devido à alta de casos de síndrome respiratória aguda grave. Com unidades de saúde lotadas, a Sesau negocia a abertura de novos leitos, principalmente pediátricos.
Atualmente, 29 crianças que dependem de oxigênio aguardam na fila por uma vaga em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Segundo a secretária de Saúde, Rosana Leite, há aumento da ocupação de leitos das unidades de saúde da prefeitura e da rede contratualizada de urgência e emergência por conta do aumento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) na Capital.
Apesar do cenário ser menos grave do que no ano passado, há aumento nos casos de internação de crianças e também o tempo de internação maior.
“Em quantidade da SRAG, no ano passado foram 1.400. Esse ano são mil, porém o tempo de internação desses nossos pacientes está chegando de 10 a 15 dias. O que isso significa que não há um giro de leito. O paciente interna e a gente não consegue colocar outro”, explica a secretária.
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