Chuva causa transtornos e Campo Grande tem 79 pontos de alagamento

Casas e comércios foram invadidos pelas águas e ruas inteiras sumiram embaixo da enxurrada

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Campo Grande
Alagamento no Los Angeles (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Casas alagadas, ruas virando rios e moradores sem poder sair da própria casa são a rotina de Campo Grande desde o início da chuvarada na segunda-feira (15). Com o aguaceiro continuando nesta terça, a Prefeitura da Capital monitora 79 pontos de alagamentos.

Segundo o Cemtec-MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), foram 68 mm de chuva entre segunda e terça-feira.

De acordo com o secretário-adjunto da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Enéas Netto, a pasta faz apenas o monitoramento dos pontos juntos da Defesa Civil. Desde ontem, o Jornal Midiamax noticia o caos que a chuva provoca em Campo Grande.

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Córrego da Ricardo Brandão (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Casas e comércios foram invadidos pelas águas e ruas inteiras sumiram embaixo da enxurrada. Os pontos mais críticos, segundo a Defesa Civil, são os bairros Los Angeles e Portal Caiobá.

“Nessa chuva não dá para fazer qualquer movimentação de maquinário. Estamos fazendo o levantamento e aguardando para que, havendo estiagem, façamos as correções”, diz ao Jornal Midiamax. As equipes fazem uma varredura pelas regiões afetadas com uso de drones para averiguar a extensão dos alagamentos e possíveis erosões.

Ruas sem asfalto

Muitas ruas não escoaram o volume grande de água desde segunda e por isso grandes poças de água suja, principalmente em partes mais baixas das regiões e ruas sem pavimentação, se formaram. Segundo a Sisep, são mais de mil km de vias sem asfalto em Campo Grande.

Na Comunidade da Homex, várias ruas não pavimentadas ficaram alagadas e água invadiu as residências. As próprias avenidas asfaltadas, como a Ernesto Geisel e Amaro Castro Lima, e a Rua Patrocínio, no Los Angeles, foram tomadas pela água da chuva.

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Alagamento no Los Angeles (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Entretanto, para que alguma intervenção seja feita, é necessário que a chuvarada termine. Enéas explica que depende de cada região para a Sisep intervir. “É necessário que a água baixe, o solo seque. Depende das regiões. Algumas precisam de dois dias, outras mais”, diz o secretário adjunto.

A Sisep faz o levantamento para entender às necessidades de cada região e trabalhar conforme cada caso. Dentre os serviços estão cascalhamento, patrolamento ou tapa-buraco.

Caos em Campo Grande

As chuvas podem trazer alívio e frescor para o clima, mas o volume também causa transtornos – principalmente nos bairros que não têm a infraestrutura adequada. Com isso, ruas e avenidas somem com a enxurrada.

Casas e comércios são invadidos pela água e deixam um rastro de destruição e sujeira que a população precisa lidar querendo ou não. Na rua Conde de São Joaquim, no Jardim Itatiaia, vários carros atolaram por conta das condições da via.

A Avenida Cândido Garcia de Lima, no Nova Lima, se tornou um “rio” durante a chuva torrencial que atingiu Campo Grande durante a manhã de segunda. O trecho ficou intransitável, impedindo a passagem de veículos.

No final do dia, com o rio ‘escoado’, o lamaçal ficou e um caminhão da Solurb atolou pelo local. Aliás, ruas principais do bairro Nova Lima foram tomadas pela enxurrada. Pouco tempo de chuva foi suficiente para encher as ruas Francisco Pereira Coutinho e Lino Vilachá de água, lama, pedras e lixo.

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