Mutirão de combate ao – transmissor da dengue, zika e chikungunya – chega ao Bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, nesta semana por conta o alto índice de infestação que a região tem apresentado.

Os agentes estão vistoriando casas e comércios do bairro, orientando os moradores sobre as medidas de prevenção e combate ao Aedes e realizando o trabalho de manejo, que consiste no recolhimento de materiais que podem virar criadouros do mosquito, identificação e eliminação de focos.

Do dia 1º a 23 de janeiro deste ano foram notificados 375 casos de dengue em Campo Grande. Até o momento, não houve a notificação de nenhum caso de zika ou chikungunya.

Em todo o ano passado a Capital registrou 17.033 de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.

A Capital fechou o segundo semestre apresentando redução significativa nos casos de dengue, se comparado com o período anterior. O pico da doença foi registrado em abril, com mais de 3 mil casos notificados. A partir de junho, houve redução expressiva com estabilização nos meses seguintes.

Na sexta-feira (26) será realizada uma blitz educativa na entrada do bairro, para conscientizar a população sobre a importância dos cuidados para evitar o aumento das doenças transmitidas pelo mosquito.

Os agentes estarão posicionados, a partir de 8h, na Rua Manoel de Oliveira Gomes, nº 41, em frente ao posto de combustíveis. A mobilização conta com o apoio da Associação de Moradores do Bairro Maria Aparecida Pedrossian e da Unidade de Saúde da Família (USF) MAPE.

LiRaa

Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) realizado neste mês de janeiro detectou três bairros com risco de infestação do mosquito, incluindo o MAPE, e outros 41 em situação de alerta e 28 a situação é considerada satisfatória. O levantamento completo está disponível para download no link

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, reforça a importância da conscientização e engajamento ainda maior da população, uma vez que 80% dos focos são encontrados dentro das residências.

“A maioria dos focos do mosquito está dentro do nosso lar, diferente do que muita gente pensa. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal. Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, destaca.

O maior número de focos são encontrados em pequenos depósitos de água, como garrafas, vasos de plantas, embalagens plásticas, entre outros.