Dengue, covid ou gripe? Com surto em Campo Grande, entenda os sintomas de cada doença
Dengue, gripe ou covid-19? Com surto de doenças respiratórias e unidades de saúde lotadas, a procura por diagnóstico virou rotina na vida de muitos sul-mato-grossenses. Entre pacientes, febre, dor de cabeça e cansaço são os principais sintomas relatados. Mas com reclamações tão parecidas, como diferenciar cada doença? Desde que estouraram casos das doenças em todo […]
Clayton Neves –
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Dengue, gripe ou covid-19? Com surto de doenças respiratórias e unidades de saúde lotadas, a procura por diagnóstico virou rotina na vida de muitos sul-mato-grossenses. Entre pacientes, febre, dor de cabeça e cansaço são os principais sintomas relatados. Mas com reclamações tão parecidas, como diferenciar cada doença?
Desde que estouraram casos das doenças em todo o País, o Ministério da Saúde divulgou manual para ajudar moradores, inclusive, na hora de procurar ajuda médica.
Causas e meios de transmissão
Como se sabe, a dengue é provocada pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Por tratar-se de um inseto doméstico, a presença do mosquito é bastante comum em ambientes urbanos, uma das justificativas para o avanço desenfreado da doença.
Normalmente, febre alta é o primeiro sintoma que se apresenta, de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias. A doença ainda acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele, um dos sintomas característicos da dengue.
Já a gripe, é uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza, geralmente transmitido durante o período do inverno. Os sintomas geralmente aparecem de forma repentina e incluem febre, dor de garganta, tosse, dores no corpo e dor de cabeça.
Geralmente, os sintomas perdem a força espontaneamente em aproximadamente sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas. No caso da gripe, dor de garganta e febre são as principais características.
Por fim, a covid-19, infecção causada pelo coronavírus Sars-CoV-2, atualmente pode acontecer sem sintomas aparentes, resultado das mutações e surgimento de novas variantes.
Os sintomas clássicos incluem febre, cansaço, tosse seca, perda de olfato e paladar. Os menos comuns são dores de cabeça, dores de garganta, diarreia, olhos avermelhados e irritação na pele. Já os sintomas graves envolvem falta de ar, dores no peito, dificuldades para andar e confusão mental.
Confira abaixo as características dos sintomas de cada uma dessas doenças:
Dengue
- Febre alta;
- Dor no corpo e nas articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal-estar;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.
- Os sinais de alarme da doença são caracterizados principalmente por:
- Dor abdominal intensa e contínua;
- Vômitos persistentes;
- Acúmulo de líquidos;
- Sangramento de mucosa;
- Irritabilidade.
Gripe
- Febre;
- Coriza;
- Dor de garganta;
- Tosse;
- Dor no corpo;
- Dor de cabeça;
- Dores articulares;
- Diarreia;
- Vômito;
- Fadiga;
- Prostração;
- Rouquidão;
- Olhos avermelhados e lacrimejantes.
Covid-19
- febre (temperatura axilar > 37,8ºC) ou sensação febril;
- calafrios;
- tosse;
- dor de garganta;
- dor de cabeça;
- congestão nasal (coriza);
- problemas no olfato ou no paladar.
Evite a automedicação
O Ministério da Saúde reforça que em caso de suspeita de quaisquer das doenças é importante aumentar a hidratação e evitar a automedicação. Além disso, é possível realizar testes para identificar a exata enfermidade e fazer o tratamento adequado. O diagnóstico correto só pode ser feito pelo médico. Busque assistência na unidade de saúde mais próxima.
Situação de emergência
Com o aumento expressivo nos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Campo Grande, a Sesau (Secretaria de Saúde) avalia decretar emergência de saúde. O intuito é chamar a atenção da população para o aumento das doenças respiratórias e os cuidados para evitar agravamento dos casos.
Nesta terça-feira (30), a secretária Rosana Leite esteve na Câmara Municipal, onde se reuniu com vereadores e falou sobre a situação. A avaliação do decreto de emergência está sendo feito pelo COI-SRAG (Conselho de Operações de Emergência) que foi ativado recentemente.
Apesar do cenário ser menos grave do que no ano passado, há aumento nos casos de internação de crianças. Para evitar espera em fila, a Sesau negocia a abertura de 10 leitos na Santa Casa. De acordo com a Sesau, são 120 pacientes regulados por dia, sendo 20% crianças.
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