Com 15 pontos críticos após chuva, Sisep espera estiagem para iniciar obras em Campo Grande

Até que a chuva dê trégua, regiões impactadas recebem reparos emergenciais

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Bairro Los Angeles
Bairro Los Angeles após chuva (Henrique Arakaki, Midiamax)

Alagamentos, lama e famílias desabrigadas – toda vez que chove, a história se repete em Campo Grande. Somente nesta semana, as tempestades deixaram um rastro de destruição, com 15 pontos críticos e outros 71 em alerta para alagamentos na Capital.

Diante das inúmeras queixas da população, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, e o titular da Sisep, Marcelo Miglioli, convocaram a imprensa na manhã desta quarta-feira (17) para informar a dimensão dos danos e detalhar os próximos passos para reparar as áreas impactadas pela chuva.

Adriane Lopes e Marcelo Miglioli
Adriane Lopes e Marcelo Miglioli (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Conforme a prefeita, desde a tarde desta terça-feira (16), equipes da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) têm realizado reparos emergenciais, como a limpeza de bocas de lobo, coleta de resíduos em calçadas e canteiros, e remoção de galhos de árvores.

No entanto, a instabilidade climática tem dificultado a execução de obras.

“Fiscalizamos esses 86 pontos de alagamento devido às chuvas. A cidade tem 33 córregos que atravessam a cidade, o que resulta em pontos críticos de alagamento para nós, mas todos são monitorados e fiscalizados diariamente, para podermos encontrar soluções”, disse ela.

Na Rua Catiguá, por exemplo, máquinas e homens realizaram obras de drenagem para escoar a água da chuva. O reparo emergencial tem como objetivo garantir a circulação de motoristas, motociclistas e pedestres na travessia da ponte sobre o córrego Bálsamo.

Nas ruas sem asfalto, situação é ainda mais crítica

Trecho da ponte na Rua Catiguá (Midiamax)

A situação mais crítica se encontra nas regiões sem pavimentação. Com inúmeras ruas sem asfalto em Campo Grande, bairros inteiros, como o Jardim Noroeste, se transformam em verdadeiros lamaçais.

Questionada sobre a situação, Adriane Lopes pediu para que os moradores tenham ‘um pouco mais de paciência’. Segundo ela, as obras de reparos, assim como as de pavimentação, retornam quando a chuva passar.

“Com as chuvas fortes praticamente o dia todo, os serviços de manutenção de vias não pavimentadas e o tapa-buracos nas ruas asfaltadas ficam inviáveis. As obras paralisam de forma momentânea, até que o clima esteja adequado para a retomada dos trabalhos”, esclareceu a Sisep.

Vale lembrar que Campo Grande conta com 4.096 vias urbanas, sendo 3.080 pavimentas e 1.015 não pavimentadas, ou seja, mais de mil ruas ainda sem asfalto.

Reparos da Sisep
Reparos da Sisep (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Titular da Sisep, Marcelo Miglioli ressalta que até a manhã desta quarta-feira (17), seis equipes terceirizadas reparam as vias não pavimentadas e outras sete reparam as vias pavimentadas, enquanto equipes da Sisep fazem limpeza dos pontos críticos.

“O primeiro passo é saber quais são os problemas da cidade, a partir disso conseguimos buscar soluções mais eficazes. Agora focamos no reparo dos pontos críticos, enquanto buscamos recursos para viabilizar obras nas vias necessários. Não da para fazer tudo ao mesmo tempo”, afirmou.

Ainda conforme a Sisep, na próxima semana deve ser divulgado o cronograma de pavimentação na região da Lagoa Itatiaia, conforme a pasta, as vias que ficarem de fora das obras receberão o cascalhamento para evitar alagamentos.

Bacias de contenção devem solucionar alagamentos

ernesto

Rio Anhanduí (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)

Entre os principais pontos de alagamento na Capital está a Avenida Rachid Neder, onde sempre que chove, a rua fica submersa em água e os carros acabam presos na via. Para resolver esse problema, Adriane Lopes afirmou que um projeto foi elaborado para a construção de uma bacia de contenção no local.

“Era comum a Avenida José Barbosa Rodrigues sofrer com inundações. Após construirmos uma bacia de contenção, o problema melhorou significativamente. Implementamos essa solução no bairro Paulo Coelho Machado e obtivemos sucesso”.

As fortes chuvas também deixaram famílias desabrigadas. Na tarde desta terça-feira (16), equipes realizaram a confecção das peças de lona para atender 20 famílias no Noroeste e 20 na Comunidade Cidade dos Anjos.

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