Um estudo do ICS (Instituto Cidades Sustentáveis) divulgado nesta terça-feira (26) aponta que Campo Grande é a 10ª capital no índice que calcula a desigualdade social, considerando 40 indicadores como renda, moradia, saúde, educação e violência, entre outros.

O estudo aponta ainda que a capital de Mato Grosso do Sul é a que possui a menor taxa de desocupação no País, com a porcentagem de 3,4%, ou seja, apenas esta parcela de pessoas na força de trabalho se encontra desempregada.

Na classificação geral, Campo Grande se equipara a capitais como Goiânia e Rio de Janeiro, que ocupam a faixa intermediária do estudo. A capital considerada a mais desigual é Porto Velho (RO), enquanto a menos desigual seria Curitiba (PR).

As capitais do Norte e do Nordeste ocupam as últimas posições do Mapa da Desigualdade entre as Capitais Brasileiras. Segundo o estudo, elaborado pela primeira vez pelo ICS (Instituto Cidades Sustentáveis), as duas regiões ocupam as 15 últimas posições do ranking entre as 26 capitais estaduais brasileiras — Brasília não aparece no levantamento.

A diferença regional é especialmente alta nas medições de renda, saúde e segurança pública. Em indicadores como população abaixo da linha da pobreza, mortalidade infantil e homicídios por 100 mil habitantes, as taxas de capitais do Sul, Sudeste e Centro-Oeste são até dez vezes superiores às do Norte e Nordeste.

Um exemplo de disparidade regional é a taxa de homicídios. Enquanto São Paulo (SP), a mais bem colocada no quesito, teve uma média de 2,03 assassinatos para cada 100 mil habitantes em 2021, a taxa de Macapá (AP), última da lista, foi 29 vezes maior: 62,41 mortes a cada 100 mil habitantes.

Os indicadores do estudo são baseados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas). Essa lista, que o Brasil firmou compromisso para combater até 2030, inclui metas como erradicação da pobreza e da fome, redução das desigualdades e busca por paz, justiça e instituições eficazes.