Banhado em água doce, Mato Grosso do Sul tem 40 destinos na rota do turismo paradisíaco
O Jornal Midiamax detalhou alguns pontos turísticos que valem a pena explorar
Karina Campos –
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Banhado em água doce, Mato Grosso do Sul tem 40 cidades na rota do Mapa do Turismo Brasileiro, classificados por quantidade de atrativos, hospedagem, geração de emprego, arrecadação de impostos e quantidade de visitantes.
O mapa está dividido em oito regiões, de norte a sul, além da classificação do A ao E, que serve como norteamento para desenvolvimento de políticas específicas para cada grupo de municípios. Apesar das belezas naturais, o Estado só foi incluso nas atualizações do mapa entre 2021 e 2022, por seguir os requisitos estabelecidos na portaria do Ministério do Turismo.
A Fundação de Turismo detalha que a inclusão de novos municípios no mapa deve obedecer a mesma portaria, que consolida e atualiza as normas sobre o Programa de Regionalização do Turismo, a Categorização dos Municípios do Mapa do Turismo Brasileiro e o Mapa do Turismo Brasileiro – além de estabelecer os critérios, as orientações, os compromissos, os procedimentos e os prazos.
Categorização
A categorização do mapa serve para identificar o desempenho da economia do setor, um instrumento para criar uma estratégia de implementação do Programa de Regionalização do Turismo, que permite tomar decisões mais acertadas e implementar políticas que respeitem as peculiaridades dos municípios brasileiros.
Já a metodologia credita cinco variáveis objetivas para quantidade de estabelecimento de hospedagem, empregos no setor de hotelaria, visitantes nacionais e internacionais e arrecadação de impostos considerando a hotelaria.
Campo Grande
Campo Grande é a única cidade na categoria A do Mapa do Turismo. Segundo o Wantuyr Tartari, superintendente do turismo da Capital, o planejamento de ações existentes no plano municipal foi recém-atualizado.
A gestão pretende focar no “cumprimento das metas que posicionaram Campo Grande como um dos 10 primeiros municípios integrantes do projeto Destinos Turísticos Inteligentes em Transformação”.
Wantuyr detalha que faz parte do planejamento – para manter a consagração no mapa – ter a continuidade na dinâmica de participação ativa nos conselhos, fóruns e feiras de turismo e levar o número de prestadores de serviço do Cadastur.
“Os dados que temos da plataforma Alumia é possível visualizar que em 2023 tivemos 638.288 desembarques no Terminal Rodoviário, e que hoje o Bioparque Pantanal é o atrativo mais procurado da cidade, tendo recebido, em 2023, 380.396 visitantes. Além disso, é possível ainda confirmar que Campo Grande é a 2ª cidade mais visitada do Estado”, detalha.
O gestor também exemplifica que a taxa de ocupação dos hotéis é monitorada pelo Observatório de Turismo de Campo Grande, a partir do qual pode-se observar que a média tem elevação constante. Segundo ele, a meta é manter essa crescente, que hoje oscila entre 55% a 60% de ocupação mensal dos leitos dos hotéis da Capital.
O balanço também aponta que dos 638.288 desembarques no Terminal Rodoviário, apenas 222.924 são considerados turistas. No ano passado, 685.766 passageiros desembarcaram no aeroporto de Campo Grande. Desses, a estimativa é que 432.027 são turistas.
A cidade é uma das mais urbanizadas, com atrativos em todas as sete regiões. O Jornal Midiamax separou neste material os monumentos históricos que fazem jus à arquitetura antiga e moderna. Para quem também prefere a calmaria da natureza, a cidade tem refúgios de contemplação, com cachoeiras, morros e trilhas. Clique aqui para conferir.
Confira detalhes de alguns destinos:
Jaraguari
Jaraguari é cidade vizinha da Capital, na rota do Caminho dos Ipês. A cidade, apesar de pequena e de estar na categoria D, tem potencial na produção de mel, além de atrativos naturais, como cachoeiras e histórias contadas por gerações. Aliás, a cidade está em 5° lugar no ranking estadual com população mais idosa de MS.
Entre um dos milhares de pontos de visitação, a reportagem já contou sobre três cachoeiras famosas por atrair o amor, riqueza e saúde.
Nova Alvorada do Sul
Durante muitos anos, Nova Alvorada do Sul ficou conhecida como o “entroncamento”, pois era ponto de encontro dos caminhos e culturas advindos de outras regiões.
De lá para cá, foram décadas de história, e a localidade passou a ser carinhosamente apelidada de “Cidade Jovem”, em alusão ao seu nome oficial: Nova Alvorada do Sul. Se antes ela servia de caminho para interligar Campo Grande, Grande Dourados, países do Mercosul, Pantanal e fronteira, hoje, é conhecida pela jovialidade.
Terenos
A 40 minutos da Capital, Terenos leva o nome da comunidade indígena de seus primeiros habitantes. Terenos é topônimo provindo da tribo indígena Terenos ou Terenas – o mesmo que Gaturamorei – ave de família dos Tanagrídeos, também chamado “Bonito”. Mas, o que cresceu com uma história de colonização, atualmente eleva a perseverança de famílias produtoras, transformando o que sai do campo para a cidade.
Bonito
Capital do ecoturismo em Mato Grosso do Sul, o município de Bonito é considerado um dos melhores destinos do mundo e referência no segmento de ecoturismo, conforme a pesquisa da Revista Tendências do Turismo, realizada pelo Ministério do Turismo.
A pesquisa, realizada em parceria com o Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem, mostra que a cidade está entre os 10 destinos turísticos mais desejados pelos brasileiros em viagens nacionais neste ano. Além de ter sido eleita a melhor opção de destino sustentável para viajantes LGBTQIAP+.
Bonito foi o oitavo destino turístico que mais despertou interesse nos brasileiros em 2023. Os primeiros lugares ficaram para Salvador (BA), seguido por Fernando de Noronha (PE) e Rio de Janeiro (RJ).
Aquidauana
Os dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) colocaram a cidade de Aquidauana, localizada na região pantaneira de Mato Grosso do Sul e a 148 km de Campo Grande, no ranking das 10 cidades mais populosas do Estado. Município ocupa o 9º lugar com população total de 46.803.
“O comércio local é o maior empregador da região porque Aquidauana não é uma região agrícola, é uma região pecuária. Então, a maior oferta de emprego é na área urbana, porque 85% da população está nesse setor. Ainda é um ponto de passagem para turistas. Por isso, o município tem investido no seu potencial turístico para que as pessoas permaneçam aqui alguns dias visitando os pontos de visitação”, diz o secretário municipal de Finanças de Aquidauana, Ernandes Peixoto de Miranda.
Bataguassu
Bataguassu tem clima tropical úmido no verão e seco no inverno, com algumas geadas. A cidade está inserida na bacia hidrográfica do Rio Paraná. Apesar de uma população de 22 mil habitantes, há atrativos e pontos turísticos para explorar, como a Praia da Amizade, onde é possível praticar esportes aquáticos, como jet ski e stand up paddle, além de desfrutar de momentos de relaxamento à beira do rio.
Três Lagoas
Explorada por um grupo de sertanejos em 1828, Três Lagoas é um dos destinos de opções de lazer, reflete de cartões-postais, como a Lagoa Maior, tendo uma pista de caminhada, parquinho infantil, áreas arborizadas para piquenique, quadras de areia, campo de futebol, Ginásio Poliesportivo, academia ao ar livre e pista de skate.
A Ponte Francisco de Sá com a vista pela Jupiá enche os olhos de qualquer visitante. O local tem área para banho nas águas do Rio Paraná, restaurantes, passeio de barco e pesca, além de restaurantes com peixe frito e outros diversos preparos com pescados.
Outro ponto é o balneário municipal ‘Miguel Jorge Tabox’, com banho na praia de água doce, que é banhada pelo rio Sucuriú.
Aparecida do Taboado
Com o lema de “onde nasce o Rio Paraná”, o primeiro povoado surgido na região foi o Porto Taboado, às margens do rio. A criação do município ocorreu em 28 de setembro de 1948, com habitantes de regiões de São Paulo e Minas Gerais.
Por ser rica em água doce e propriedades rurais, a maior parte dos atrativos está no lazer, como balneários e fazendas. O Aquário Municipal Santa Fé também é um dos pontos preferidos para visitantes.
Costa Rica
Se for um turista apaixonado por cachoeiras, Costa Rica vai te surpreender. Os locais com quedas d’água são encantadores, além de pontos que valem a pena explorar, por exemplo, o Parque Ecológico Viliboldo Rodrigues Barbosa e o Museu Interativo Nelson Silva Soares.
A cidade abriga a Cachoeira da Rapadura, na Área de Proteção Ambiental do Rio Sucuriú. Além de proporcionar descanso e belas paisagens, o lugar também é ideal para a prática de trilhas de diferentes níveis de dificuldade.
No Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú está o principal cartão-postal de Costa Rica: o Salto do Majestoso, uma queda d’água de 64 metros de altura cercada de vegetação nativa. Do alto da cachoeira é possível admirar a beleza e a grandiosidade do Parque, que foi cuidadosamente estruturado para receber os visitantes com conforto e segurança sem interferir no meio ambiente.
Já pensou em conhecer uma lagoa de água que ninguém afunda? Água Santa da Capela é resultado de um conjunto de minas que jorram água proveniente de um profundo lençol freático.
Clique aqui e confira todos os atrativos.
Alcinópolis
Não é à toa que a cidade é conhecida como a capital Estadual da Arte Rupestre, pois abriga um verdadeiro tesouro natural da história de Mato Grosso do Sul. Apesar de pequena, é repleta de encantos, principalmente no ecoturismo.
Entre os monumentos naturais estão: Serra do Bom Jardim, Serra do Bom Sucesso, Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, Templo dos Pilares e Serra do Barro Branco.
Pedro Gomes
Vizinho de Alcinópolis, Pedro Gomes também é conhecida pelas belezas naturais, entre elas a Cachoeira da Água Branca, com 86 metros de altura e trilhas para chegar à base da cachoeira.
Também há outros pontos como o Balnerário Estância Dallas Água Branca, Cachoeira Tauá, Flora de Pedro Gomes, Morro Timbiari, Salto das Bromélias, Salto do Macaco e Salto de Tauá.
Corumbá
Corumbá abriga parte da maior planície alagada do mundo: Pantanal sul-mato-grossense. O local reúne uma vasta história de arquivo sobre a criação do Estado. Sem dúvidas, a admiração pelas belezas naturais encanta turistas de qualquer canto do mundo.
Só na Cidade Branca é possível navegar e almoçar a bordo de uma chalana no Rio Paraguai, visitar o Mirante do Cristo Rei do Pantanal, observar o único pôr do sol no Porto Geral.
Já aqueles que gostam de turismo mais desafiador, há passeios em áreas pantaneiras. Quem conhece o solo sabe que o Pantanal muda o cenário em todas as estações do ano.
Ladário
Construída à margem direita do Rio Paraguai, no coração da maior planície inundável do mundo, Ladário é a cidade mais antiga de Mato Grosso do Sul e um dos principais polos turísticos do Pantanal. A vocação para turismo nasceu a partir da pesca amadora, mas Ladário também tem em seu calendário, eventos que atraem milhares de pessoas todos os anos.
Por ser um baú de histórias estaduais, Ladário tem atrativos tradicionais, como o Sítio Arqueológico, a Casa do Artesão e o Pátio Ferroviário, que resgatam a história da cidade e a reavivam na memória dos moradores e visitantes.
Também há passeios pelo Rio Paraguai, pesca, passeios, safáris fotográficos. Outros destinos mais pesquisados: Arco do Triunfo, Portão da Marinha de Guerra, Baía Negra, Igreja Nossa Senhora dos Remédios e Máquina Maria Fumaça.
Coxim
O rio Taquari é o maior afluente do Pantanal brasileiro, isso quer dizer que Coxim é o lugar certo para conhecer todas as belezas desse bioma incrível.
A cidade tem o Cristo Redentor com 20 metros de altura estendeno os braços para a cidade. São 400 degraus até chegar ao topo da visão da região.
O Parque Temático do Pantanal, idealizado pelo artista plástico José Alves Branco Correa, é um livro de barro a céu aberto contando parte da História de Coxim, do Centro-Oeste e do Brasil colonial.
Situado ao lado da praça do Pé de Cedro, no Centro, o Museu Arqueológico e Histórico cumpre papel de destaque na preservação de um acervo que fala sobre a trajetória pioneira da população.
Bodoquena
Vizinho de Bonito, Bodoquena é um “prato cheio” ao turista de natureza, por ter bons pontos de contemplação, como a Cachoeira Boca da Onça, passeios de flutuação e vários balneários.
A cidade é banhada em água de verde cristalino, repleta de serras e cachoeiras, como a Cachoeira Boca da Onça, Buraco do Macaco e Serra da Bodoquena.
Clique aqui e conheça mais.
Miranda
Se for o turista que curte cidades históricas e cultura local com foco na indígena, Miranda vale uma visita. O município mirandense não possui rios de águas cristalinas, mas sim atividades culturais, artísticas, de pesca e históricas.
A região compõe parte do solo pantaneiro, então, em alguns passeios será necessário pernoitar. Caso não queira se aventurar no “mato”, há prédios históricos logo no Centro, como a Paróquia Nossa Senhora do Carmo, Usina Açucareira Santo Antônio e o Museu Ferroviário.
Bela Vista
Fazendo jus ao nome, Bela Vista abriga a Lagoa Azul, conhecida pela água cristalina e pequenas quedas d’água. Formada com pequenas pedras, a área preservada é o principal destino turístico da região.
Para quem também aprecia monumentos, o local tem a Capela de São Geraldo conhecida como Igreja de Pedra, está localizada no bairro Água Doce, foi iniciada em 1930 e concluída em 24 de janeiro 1932, por Luiz Louzinha sob as ordens dos padres redentoristas, o terreno foi doado por Benedito Freitas. Atualmente, mantém o mesmo uso, com bom estado de conservação. Fundação e alvenaria estrutural de pedra ciclópica.
Maracaju
Logo na entrada da cidade, Linguça de Maracaju deixa claro o prato culinário que é motivo de festa gastronômica. A cidade vale cada trecho visitado, como o Museu Tecnológico, Museu das Máquinas, Comunidade Quilombola São Miguel, Balneário Água Fria e o Parque Ecológico.
Jardim
Outro lugar inesquesível só encontrado lá é a Lagoa Misteriosa, uma lagoa de água azul que impressiona por sua incrível transparência e profundidade. A Lagoa Misteriosa fica no fundo de uma dolina, um tipo de formação geológica similar a um buraco, com 75 metros de profundidade. Uma das mais profundas entre as cavidades inundadas do Brasil, com mais de 220 metros de profundidade. Entre as atividades oferecidas, estão trilha e flutuação e mergulho com cilindro. Os passeios devem ser agendados com antecedência. Para informações e reservas consulte um agente de viagens.
Jardim abre um lugar único e mágico no Brasil, o Buraco das Araras. O destino é uma depressão no arenito que forma o “buraco”, onde o vermelho da terra se mescla ao verde da natureza, criando um ambiente ideal para que as araras vermelhas usem o local como moradia. A trilha ecológica é realizada em torno do Buraco que possui 500 metros de circunferência, rodeado de fauna e flora impressionantes.
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